POLÍTICA
Líder do PT pede prisão de Bolsonaro para garantir "ordem pública"
Deputado alega risco de fuga e interferência estrangeira no julgamento de 2 de setembro
Por Fernando Valverde

O líder do PT na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), protocolou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela conversão da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para prisão preventiva, a fim de "garantir a ordem pública".
O pedido foi juntado à ação penal que julgará Bolsonaro no próximo dia 2 de setembro, por tentativa de golpe de Estado e alega o "descumprimento reiterado das medidas cautelares" por parte do ex-presidente.
Lindbergh também aponta que a possibilidade de fuga de Bolsonaro, que chegou a cogitar pedir asilo político na Argentina ao presidente Javier Milei, "agrava ainda mais o quadro, pois se soma ao descumprimento reiterado e ao contexto de ataques estrangeiros com a aplicação de sanções com o objetivo de interferir no processo de julgamento da AP nº 2.668 que tramita no STF".
O ministro do STF Alexandre de Moraes pediu explicações para a defesa de Bolsonaro sobre essa possível "fuga" e estipulou um prazo de 24 horas, que se encerra na noite desta sexta, 22, para a manifestação.
Defesa nega crimes
O ex-presidente e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), foram indiciados na quarta, 20, em um novo inquérito da Polícia Federal (PF) que o acusa de obstrução das investigações da trama golpista que previa um golpe de estado no Brasil após o resultado das eleições de 2022.
Em nota divulgada à imprensa, os advogados de Bolsonaro negaram que o ex-presidente tenha descumprido as medidas cautelares impostas a ele e ainda relataram "surpresa" com o novo indiciamento.
"Os elementos apontados na decisão serão devidamente esclarecidos dentro do prazo assinado pelo Ministro relator, observando-se, desde logo, que jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta", afirmaram o defensores na nota.
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