DIÁLOGO
Lula sobre Trump: "Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química entre nós"
Presidente brasileiro reagiu a discurso do chefe da Casa Branca na ONU

Por Cássio Moreira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu positivamente ao aceno de Donald Trump na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e afirmou, nesta quarta-feira, 24, que deve conversar com o chefe de Estado americano nos próximos dias. A margem para diálogo foi colocada em pauta durante coletiva de imprensa para balanço da participação do Brasil na reunião.
Eu torço para que dê certo, são as duas maiores democracias do continente
Lula reforçou a linha usada nos seu discurso, na terça, 23, e disse ter usado o momento para tratar de temas considerados essenciais. Ao responder sobre a fala de Trump, que declarou ter sentido uma 'química' com o brasileiro, o petista pontuou que Brasil e Estados Unidos possuem interesses em comum, o que pode facilitar o entendimento entre eles.
Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química entre nós
"Eu tive uma outra satisfação de ter um encontro com o presidente Trump. O que parecia impossível se tornou possível, e fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química entre nós. Como eu acho que a relação humana é 80% química, é muito importante essa relação. Eu torço para que dê certo, são as duas maiores democracias do continente. Temos muitos interesses no debate sobre a questão digital, interesse na questão comercial", iniciou Lula, que continuou.
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"Se somos as duas maiores democracias, não há porque que Brasil e Estados Unidos viverem em conflito. Temos muito o que conversar, muita coisa para discutir a necessidade de garantir a paz do planeta Terra. Quem sabe dentro de alguns dias a gente possa se encontrar e fazer uma pauta positiva. É isso que eu quero e é isso que ele deve querer também. A coisa que eu mais respeito é o chefe de Estado, não quero saber se idelogicamente ele gosta ou não de mim", completou o presidente brasileiro, que também confirmou ter convidado o americano para participar da COP30 em Belém.
Retaliações
O Brasil tem sido alvo de retaliações econômicas por parte dos Estados Unidos nos últimos meses. Como justificativa, Trump tem acusado o Judiciário brasileiro de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado.
Entre os prejudicados pelas medidas, está o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo da Lei Magnitsky.
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