CRISE DIPLOMÁTICA
Lula promete reação forte aos EUA após tarifaço de Trump
Presidente também defendeu o uso do Pix, criado pelo Banco Central
Por Flávia Requião e Gabriela Araújo

O presidente Lula (PT) disse, nesta quinta-feira, 17, que dará uma resposta à altura aos Estados Unidos (EUA) pelo tarifaço de 50% nas exportações brasileiras, que entrará em vigor no dia 1º de agosto.
“Quando chegar dia 1º de agosto, a gente vai dar uma resposta. Dia 16 de maio, nós enviamos uma carta para o governo americano para o governo americano e até agora nós não tivemos resposta a não ser essa carta desaforada", afirmou o petista.
Nesta noite, o chefe do Palácio do Planalto esteve em Juazeiro, localizado no norte baiano, anunciando uma série de ações para a Saúde, por meio do Novo PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento).
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Em discurso, Lula também criticou a investigação aberta por Trump contra o Brasil para analisar o sistema Pix, de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central. O petista interpreta o incômodo do republicano com o mecanismo como medo.
“Ele disse que está incomodado com o Pix, e porque ele está incomodado? Porque o Pix vai acabar com o cartão de crédito nesse país, é por isso que ele está incomodado. A gente vai criar o Pix parcelado e é uma coisa do Brasil, não tem que dar dando palpite”, declarou Lula.
A investigação aberta pelo USTR está diretamente ligada às restrições impostas pelo Banco Central no lançamento do WhatsApp Pay, sistema de pagamentos do aplicativo de mensagens da Meta.
O WhatsApp Pay foi lançado em junho de 2020, cinco meses antes do lançamento oficial do Pix, planejado pelo Banco Central. No entanto, o BC e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) suspenderam o serviço logo após seu anúncio, gerando críticas de que a medida visava proteger o Pix e os grandes bancos nacionais da concorrência.
Investigação
O relatório do USTR inclui o Pix como uma possível prática desleal do país em relação a serviços de pagamentos eletrônicos.
"O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a promoção de seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo", diz trecho do relatório.
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