POLÍTICA
Lula sobe o tom ao defender independência da América Latina
Presidente participou de agenda, neste sábado, 18, no ABC Paulista

Por Yuri Abreu

O presidente Lula (PT) subiu o tom, neste sábado, 18, ao defender a independência da América Latina, durante evento com estudantes em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Em discurso, pediu respeito à região e cobrou que nenhum presidente de fora "fale grosso" com o Brasil.
Apesar de não ter citado nomes, a fala do petista ocorre em meio a tensões diplomáticas recentes entre os Estados Unidos e a Venezuela, sem contar o momento em que a gestão federal se aproxima do governo Trump para negociar as tarifas impostas pelo governo estadunidense a produtos brasileiros.
Queremos formar uma doutrina latino-americana com professores e estudantes do nosso continente. Sonhar com um dia em que este continente será independente. Que nunca mais um presidente de outro país fale grosso com o Brasil
Ainda em sua fala, o petista defendeu o fortalecimento das relações regionais e disse que o país deve buscar autonomia política e econômica.
“Não é uma questão de coragem, é uma questão de dignidade e de caráter. Dignidade e caráter vocês não compram em shopping, não compram em free shop”, afirmou.
Leia Também:
Cursinhos Populares
Ainda neste sábado, o presidente anunciou que o governo irá destinar R$ 108 milhões para a CPOP (Rede Nacional de Cursinhos Populares). O novo edital, que deve sair em dezembro, contemplará até 500 cursinhos em 2026.
Segundo o governo, a iniciativa busca ampliar a atuação dos cursinhos para estudantes pobres e consolidar o programa como política permanente de equidade educacional.
Baiana cotada ao STF manda recado a Lula após escolha masculina
A provável escolha do presidente Lula (PT) pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sucedendo Luís Roberto Barroso, gerou críticas entre mulheres no mundo jurídico, especialmente àquelas que tiveram seu nome ventilado para ocupar uma vaga na mais alta Corte do país.
Para a promotora de Justiça do Ministério Púbico da Bahia (MPBA), Lívia Sant'Anna Vaz, a não escolha de mulher negra para a Corte, por exemplo, acentua o déficit democrático no país — ela, segundo o UOL, foi uma das cotadas para a cadeira de Barroso.
"Democracia brasileira é espelho quebrado. Quando olhamos no espelho vemos imagens de homens brancos se sobrepondo às necessidades reais da sociedade", afirmou ela à publicação.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes