Lula sobe o tom e cobra linha dura contra casos de feminicídio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu o tom ao criticar a alta de casos de feminicídio no país, durante discurso em agenda no estado de Pernambuco, nesta terça-feira, 2, e cobrou leis mais duras para quem comete esse tipo de crime.

Lula revelou a apreensão da primeira-dama Janja da Silva, que teria lhe pedido uma atenção maior com relação ao tema. O petista ainda questionou o Código Penal vigente e pregou que os homens devem agir como 'professores', educando os demais para que tais práticas não prosperem.

"O que está acontecendo na cabeça desse animal, que é tido como espécie animal mais inteligente do planeta terra, para tanta violência? Eu acordei domingo para tomar café e, no café, a Janja começou a chorar. De noite, vendo Fantástico, Janja voltou a chorar. Ontem, voltou a chorar. Hoje, ela pediu no avião: Lula, assuma responsabilidade de uma luta mais dura contra violência do homem contra a mulher", disparou Lula.

Injustiça

O chefe do Planalto ainda atribuiu a falta de justiça para parte dos casos ao poder aquisitivo dos autores dos crimes. A nível de comparação, o presidente afirmou que pessoas que cometem pequenas infrações acabam passando por situações piores.

O Código Penal Brasileiro tem pena para fazer justiça a um animal irracional como esse? Nós temos pena para isso? Se o cara tiver dinheiro, como aquele que deu 60 socos na cara da mulher, se ele tiver dinheiro, fica dois anos preso e vai pra rua bater em outra mulher. Um pobre, desgraçado, que rouba pão para comer e não tem nem advogado, não tem juiz para libera-lo

Feminicídio

Feminicídio é o nome dado ao homicídio de uma mulher por questões que envolvam seu gênero, sendo considerado hediondo.

A pena para quem comete feminicídio, caso seja tipificado como agravante ou motivação do crime, pode variar entre 12 e 30 ano de prisão para o autor.