POLÍTICA
Onde Bolsonaro está preso? O novo destino do ex-presidente após ordem de Moraes
Ex-presidente está preso de forma preventiva

Por Bianca Carneiro

Jair Bolsonaro (PL) foi preso pela Polícia Federal na manhã deste sábado, 22. Por volta das 6h, agentes da PF chegaram ao Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, em Brasília, e conduziram o ex-presidente.
A ordem de prisão preventiva partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), antes mesmo da execução da pena imposta a Bolsonaro no inquérito do golpe.
O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por comandar uma tentativa de golpe de Estado. Desde 4 de agosto deste ano, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar em razão do descumprimento de medidas cautelares em outro processo.
Onde Bolsonaro está preso?
No momento, o ex-presidente está preso de forma preventiva para evitar perturbação da ordem pública. Ainda não se trata da condenação oficial.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O espaço possui mesa, cadeira e banheiro privativo.
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Bolsonaro deve passar por audiência de custódia ao meio-dia de domingo, 23. Segundo decisão de Moraes, a audiência ocorrerá por videoconferência, na própria superintendência.
Caso permaneça detido no local pelos próximos dias, sua defesa poderá solicitar ao STF e à Polícia Federal autorização para que ele receba livros, pertences pessoais e aparelhos eletroeletrônicos.
Salas de Estado da PF também foram utilizadas anteriormente por Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer quando ambos foram detidos: Lula em Curitiba (PR) e Temer em São Paulo.
Condenação
A condenação foi definida em julgamento concluído em 11 de setembro. Por 4 votos a 1, os ministros da Primeira Turma do STF consideraram que Bolsonaro liderou organização criminosa armada, tentou abolir o Estado Democrático de Direito de forma violenta, praticou golpe de Estado e provocou danos ao patrimônio da União, incluindo áreas tombadas.
Além da prisão, o colegiado ampliou sua inelegibilidade. Bolsonaro já não podia concorrer desde junho de 2023, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o puniu por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A nova condenação estende a restrição até 2060, na prática, afastando-o das disputas eleitorais por mais de 30 anos.
A Turma também analisou, em plenário virtual, os embargos apresentados por outros condenados pelo esquema golpista. As penas variam de 16 a 27 anos, e todos os recursos foram rejeitados pelos ministros. O único que não recorreu foi Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que já começou a cumprir a pena e retirou a tornozeleira eletrônica.
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