POLÍTICA
PCC x casos de metanol: governo nega ligação
Autoridade afirma que apurações indicam casos isolados e apontam falhas estruturais na fiscalização de bebidas no estado

Por Redação

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), contestou publicamente as alegações de que o crime organizado estaria por trás dos casos de adulteração de bebidas destiladas com metanol no estado. Segundo ele, as apurações da Polícia Civil até o momento não apontam conexão entre os casos investigados.
“A gente não pode sair afirmando isso de forma leviana para causar um pânico na população sem mostrar uma evidência. Qual é a evidência que nós temos? Até agora, o que a gente prendeu de pessoas, o que a gente desarticulou de destilarias, eram (casos) isolados, não tinham uma relação um com o outro”, declarou Tarcísio durante agenda em Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo.
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Para o governador, o problema de adulteração de bebidas é estrutural.“A gente tem que discutir o problema do ponto de vista estrutural. Por que as leis que existem de economia circular, que preveem a forma de descarte regular das garrafas, não são cumpridas ou não são fiscalizadas? Por que é tão fácil reaproveitar garrafas que são insumo fundamental para pacificação? (…) Estruturalmente, como é que a gente vai fiscalizar a questão da bebida?”, questionou.
Tarcísio também declarou que estabelecimentos flagrados vendendo bebidas falsificadas poderão ter sua inscrição estadual suspensa preventivamente.
PF investiga ligação com crime organizado
A Polícia Federal vai investigar a possível ligação do crime organizado na adulteração de bebidas alcoólicas com metanol no estado de São Paulo.
A informação foi confirmada durante o detalhamento do plano de ação do Governo Federal diante dos casos de intoxicação, apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, nesta terça-feira, 30.
Até o momento, três mortes ligadas à ingestão de bebida adulterada com a substância foram confirmadas. De acordo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o objetivo do inquérito é verificar a procedência do metanol e a rede de distribuição das bebidas adulteradas.
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