ELEIÇÕES DE 2022
Planos revelados? Bolsonaro volta a negar golpe e cita Constituição
Ex-presidente detalhou estratégia com aliados após derrota eleitoral
Por Redação

Derrotado nas eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confessou que tratou sobre alternativas para ‘conter’ a derrocada com aliados, mas rechaçou que a ação visava dar um golpe para evitar que o então candidato Lula (PT) assumisse o poder.
“Para você dar um golpe, ao arrepio das leis, você tem que buscar como é que está a imprensa, quem vai ser nosso porta-voz, empresarial, núcleos religiosos, Parlamento, fora do Brasil. O 'after day', como é que fica? Então foi descartado logo de cara", disse o ex-mandatário, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
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Segundo o político toda a movimentação feita por ele e os seus auxiliares seguiram à risca a Constituição.
"Golpe não tem Constituição. Um golpe, a história nos mostra, você não resolve em meses. Anos", afirmou na última sexta-feira, 28, dois dias após ter se tornado réu pelos atos golpistas.
Bolsonaro ainda diz que foi surpreendido com o resultado eleitoral, e por isso, junto com o seu partido tentou contestar a decisão na Justiça Eleitoral.
“Eu não esperava o resultado [das eleições]. (...) Se eu não vou recorrer à Justiça Eleitoral, pode ir para onde? Eu conversei com as pessoas, dentro das quatro linhas, que vocês estão cansados de ouvir, o que a gente pode fazer? Daí foi olhado lá, [estado de] sítio, [estado de] defesa, [artigo] 142, intervenção. [...]”.
Além de se tornado réu no STF, que acatou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-mandatário está inelegível até 2030 e pode aumentar a inelegibilidade se for condenado por golpe de estado.
Caso seja condenado na análise do mérito pelos ministros, ele pode pegar penas de mais de 40 anos de prisão.
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