POLÍTICA
Prisão de Bolsonaro pode travar acordo do Brasil com os EUA? Entenda
Veja se reação política dos EUA ameaça avanço de acordo comercial articulado por Haddad e Alckmin
Por Redação

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pode colocar mais pressão sobre as negociações envolvendo o tarifaço dos Estados Unidos imposto por Donald Trump.
Leia Também:
Conforme avaliação da CNN, tanto no campo governista ou entre aliados de Bolsonaro, o entendimento é de que a missão do Brasil de avançar nas conversas para aliviar as tarifas de 50% impostas a vários setores deve ficar ainda mais complexa.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin tem trabalhado para descolar ao máximo a negociação comercial com Trump do jogo político protagonizado pelo ex-presidente
Falava-se, nos bastidores, em reservar as tratativas com a Casa Branca à dupla. E deixar a política prioritariamente nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, o plano original tem enfrentado obstáculos — especialmente após o governo Trump escancarar oposição à decisão do ministro Alexandre de Moraes, em um tom que vai além das questões comerciais. “Deixem Bolsonaro falar!', publicou nas redes o Escritório do Departamento de Estado dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental."
Haddad terá que enfrentar o desafio de evitar que a situação com a prisão de Bolsonaro atropele o diálogo com o secretário do Tesouro, Scott Bessent. Na visão de seus aliados próximos, é do interesse dos EUA manter a política como ingrediente nas negociações. É um elemento adicional de pressão sobre o Brasil, afirmam.
Haddad passou semanas articulando uma abertura de diálogo com o Tesouro dos Estados Unidos e iniciou a semana na expectativa de uma conversa direta nos próximos dias. Ainda nesta segunda-feira, em entrevista à BandNewsTV, o ministro afirmou que pretende explicar ao colega americano como funciona o Judiciário brasileiro
Mas o objetivo principal ainda tem de ser centrar esforços em um lugar: a negociação de um acordo comercial que alivie o tarifaço e seu peso sobre todos os setores da economia brasileira que serão impactados.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes