EX-NÚMERO 2
Quem é o general que admitiu autoria do plano para matar Lula e Moraes
Em interrogatório, Mario Fernandes afirmou que o documento era pensamento seu
Por Redação

Na quinta-feira, 24, o general Mario Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL) admitiu, durante interrogatório do Supremo Tribunal Federal ser autor do plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.
O plano, intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, foi descoberto durante uma investigação deflagrada pela Polícia Federal (PF), em novembro de 2024. O general afirmou que o documento era, nada mais, nada menos que um “pensamento” seu e que não foi apresentado a qualquer pessoa.
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“Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilar de dados, um estudo de situação meu, uma análise de riscos que eu fiz e por costume próprio resolvi digitalizar. Não foi apresentado a ninguém e nem compartilhado com ninguém”, disse.
Quem é Mario Fernandes
Ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL), Mario Fernandes iniciou sua carreira militar em 1983, na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Em 2016, Mario Fernandes foi promovido a general de brigada e entre e 2020, chefiou o Comando de Operações Especiais, os chamados "kids pretos".
Em 2020, foi para a reserva e assumiu o cargo de secretário-executivo do então ministro Luiz Eduardo Ramos da Secretaria-Geral, no governo Bolsonaro. Ele chegou a comandar a pasta interinamente, quando, durante uma reunião no Palácio do Planalto, em julho de 2022, discutiu estratégias golpistas para viabilizar a permanência do ex-presidente no governo.
O militar também foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde de Bolsonaro.
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