Responsável por invasão ao sistema do TSE foi preso no ano passado
Hacker foi localizado na cidade de Americana, no interior de São Paulo
Uma operação da Polícia Federal (PF) prendeu no dia 20 de outubro do ano passado, o homem suspeito de invadir o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O hacker foi localizado na cidade de Americana, no interior de São Paulo, às vésperas das eleições.
De acordo com as investigações, que correm em sigilo e tiveram resultado divulgado nesta terça, 28, o criminoso teria invadido, também, os sistemas do INSS e até mesmo da diretoria de Inteligência da PF, por meio da clonagem da credencial de um delegado. O hacker teve acesso a biometria, fotos e dados cadastrados.
As informações teriam sido copiadas para a nuvem e, para ao menos, um dos computadores apreendidos pelos investigadores. No dispositivo, o terrorista digital chegou a instalar barreiras, chamadas de "máscaras" e "submáscaras", que dificultam a perícia e o acesso às informações contidas na máquina apreendida.
O caso foi mantido em sigilo durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) para não alimentar narrativas que tentassem deslegitimar a eficácia das urnas eletrônicas, embora as invasões hackers não tenham relação com o sistema de votação. A PF indica que o objetivo do criminoso era vender dados e montar um esquema fraudulento que permitisse a aprovação de créditos consignados.