POLÍTICA
Saiba quando Bolsonaro irá depor em processo de trama golpista
Ex-presidente deverá ser interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes
Por Redação

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta segunda-feira, 9, os interrogatórios dos acusados de tentar um golpe de Estado no Brasil, para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os depoimentos começaram às 14h, com o interrogatório do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que confirmou a existência de uma trama golpista com a participação do ex-presidente da República.
Considerando o ritmo dos depoimentos, Bolsonaro deve ser interrogado pela Primeira Turma do STF, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, entre quarta-feira, 11, e quinta-feira, 12. O ex-presidente é o sexto na lista de interrogados.
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Antes de Bolsonaro, irão depor o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o ex-comandante Almir Garnier, da Marinha; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
Depois do ex-presidente, serão ouvidos o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.
Onde assistir
Os interrogatórios estão sendo transmitidos ao vivo, desde às 14h desta segunda-feira, pela TV Justiça e pelo canal oficial do Supremo Tribunal Federal no YouTube. A tendência é que os depoimentos continuem em outras sessões do STF: na terça às 9h, na quarta às 8h, na quinta às 9h e na sexta às 9h.
Estratégia de Bolsonaro
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro deve questionar a delação do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, o primeiro a ser interrogado pela Primeira Turma do STF. O tenente-coronel afirmou aos ministros que Bolsonaro editou a minuta golpista.
“Sim, [Bolsonaro] recebeu e leu. Ele enxugou o documento. Basicamente, retirou as autoridades das prisões. Somente o senhor [ministro Alexandre de Moraes] ficaria como preso. O resto, não”
Essa é a primeira vez, desde o início das investigações, que Bolsonaro e seus advogados estarão diante do militar, apontado como peça fundamental no movimento que tinha como objetivo executar um golpe de Estado.
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