TERRORISMO
Secretário diz que atentado alerta para reforço no monitoramento
"É uma situação difícil, mas a gente tem que procurar monitorar", reconhece Sandro Avelar
Por Anderson Ramos
O secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, reconheceu que é necessário reforçar o monitoramento de pessoas que acessam as dependências dos prédios nas Praças dos Três Poderes para que episódios como a desta quarta-feira, 13, não se repitam.
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Na noite de ontem, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, se explodiu em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Nas redes sociais, Francisco costumava postar mensagens com ameaças a políticos e ministros do Supremo. Em uma das publicações, ele aparece dentro do plenário do STF e diz “deixaram a raposa entrar no galinheiro”.
Ele é natural de Rio do Sul (SC) e segundo investigações iniciais, estava há cerca de três morando na capital federal em uma casa alugada.
“As redes sociais do cidadão, ainda que de forma meio velada, não explícita, mostram algumas postagens de ameaças que dão sim a entender que ele estaria em vias de cometer um desatino. É preciso que a gente dê tempo ao tempo para identificar se existia algum tipo de monitoramento, mas serve de alerta para que a gente faça o monitoramento de pessoas com este perfil para que a gente não corra riscos de que venha acontecer algo semelhante novamente”, disse o secretário em entrevista à Rádio Band News FM.
“É muito difícil monitorar uma pessoa que veio de Santana Catarina para cometer um ato dessa dimensão onde ele acaba cometendo o suicídio. É uma situação difícil, mas a gente tem que procurar monitorar, tanto a inteligência das polícias legislativas dos estados, quanto a Polícia Federal que têm os meios de fazer esse tipo de levantamento”, acrescentou.
Outros episódios
Esta não é a primeira vez que a capital federal é alvo de extremistas. Em 24 de dezembro de 2022, apoiadores de Jair Bolsonaro inconformados com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) armaram uma bomba em um caminhão-tanque que iria para o Aeroporto de Brasília.
A ideia de Wellington Macedo de Souza, George Washington de Oliveira Souza e Alan Diego dos Santos Rodrigues era para provocar o que chamavam de “comoção social” capaz de desencadear a decretação de estado de sítio e intervenção militar. Os três estão presos.
Já no dia 8 de janeiro de 2023, um grupo de apoiadores do ex-presidente invadiu e vandalizou o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Sandro Avelar, os episódios reforçam a necessidade de uma atenção maior para evitar novos atos de terrorismo.
“Em periodo de três anos tivermos ao menos três episodios de terrorismo. Temos que nos dedicar a esse trabalho que antecede o atentado terrorista, embora saibamos a dificuldade que é identificar uma pessoa com esse perfil capaz de cometer o auto-extermínio, ou seja, uma pessoa desequilibrada. É preciso que a gente se dedique ainda mais com o trabalho integrado das corporações para o combate a este crime”, pontuou.
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