Senador choca clã bolsonarista e elogia discurso de Lula

O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), surpreendeu o clã bolsonarista ao elogiar o discurso do presidente Lula (PT) sobre o fim da escala 6x1.

O congressista justificou a sua atitude como apoio às iniciativas populares que beneficiem os brasileiros independentemente da sua posição partidária

“Sou oposição ao Lula, mas não sou oposição ao Brasil. Não sou aliado do Lula, mas sou aliado do povo e tudo que for a favor do povo, eu vou defender”, disse Cleitinho.

O senador mineiro ainda usou a sua vida pessoal como exemplo para defender a implantação da nova jornada trabalhista no país.

“Sabe por que eu já venho defendendo isso tem mais de um ano? Porque agora nessa época do ano: Natal, Réveillon… no dia 24, eu passava assim: com meu pai, e meu pai dormia mais cedo porque tinha que ir trabalhar. Todo ano meu pai trabalhava tanto no dia 25 quanto no dia 1º. Meu pai passou 365 dias trabalhando”, contou o senador.

As declarações do parlamentar foram dadas em um vídeo publicado em seu perfil oficial nas redes sociais na manhã desta sexta-feira, 26.

Veja publicação

Sou oposição ao Lula, mas não sou oposição ao Brasil. Não sou aliado do Lula, mas sempre serei aliado ao povo. pic.twitter.com/HxXvXxqZkl

— Cleitinho (@cleitinhotmj) December 26, 2025

Apesar do aceno feito a Lula, Cleitinho costuma adotar posições críticas ao governo Lula nos seguintes temas:

• economia;
• política social;
• relação com o Judiciário.

Governo Lula turbina pacote de apelo popular no fim de ano

De olho nas eleições, o governo Lula (PT) intensificou as ações e entregas de apelo popular neste segundo semestre. A estratégia é vista como “preparação de terreno” para o ano de 2026, quando o presidente deve concorrer à reeleição.

As principais ações do petista vão desde:

• a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, promessa de campanha de 2022;
• até a implantação da emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem necessidade de autoescola.

A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), por sua vez, nega que todos os avanços nas ações populares estejam relacionados com o calendário das eleições, mas sim, com o “tempo de maturação da política pública”.