POLÍTICA
Nem laranja, nem ouro: 694 produtos brasileiros que Trump não quis taxar
Medida dos EUA entra em vigor nos próximos dias
Por Cássio Moreira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, optou por deixar uma lista de produtos brasileiros isentos do chamado 'tarifaço' de 50% que passa valer a partir do dia 6 de agosto. A medida é tida como uma retaliação da Casa Branca a uma suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os insumos e produtos que ficarão de fora, estão o suco e a polpa da laranja, gás natural, carvão, madeira e fertilizantes. Nos EUA, havia o temor de que alimentos e outros itens considerados essenciais sofressem aumento de valor por conta da medida adotada pelo governo.
Leia Também:
Ao todo, 694 produtos brasileiros foram excluídos do decreto presidencial assinado por Trump. Veja a lista com os principais itens:
- Castanha-do-Brasil
- Artigos de aeronaves civis não militares
- Gases naturais, propano, butano, etileno, propileno, butileno, butadieno
- Alumínio, silício, óxido de alumínio, potassa cáustica
- Produtos químicos, fertilizantes, cera, resíduos petrolíferos
- Madeira, cortiça aglomerada, polpa química de madeira, polpa de algodão, polpa de fibras vegetais, celulose
- Tipos de pedras, fibras, crocidolita, amianto, misturas de fricção
- Prata e ouro, na forma de lingote ou dore
- Ferro-gusa, ligas de ferro, ferronióbio, e outros produtos primários de ferro e aço
- Fertilizantes minerais e químicos variados
- Prata e ouro (lingote ou dore)
- Minério de ferro, aglomerado e não aglomerado
- Sucos de laranja congelados e não congelados
Produtos que serão tarifados
- Laranja;
- Petróleo;
- Metal;
- Café;
- Ferro;
- Soja;
- Celulose
Trump assina decreto do tarifaço
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, nesta quarta-feira, 30, o decreto que estabelece a sobretaxa de 50% em produtos brasileiros exportados para o país. A medida, que passa a valer a partir de 6 de agosto, é apontada como uma reação ao Judiciário brasileiro.
"A medida visa responder às ações do governo brasileiro que, segundo o comunicado, prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos EUA, a política externa e a economia do país", diz trecho do documento publicado pela Casa Branca.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes