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POLÍTICA

TCU aponta problemas em contratos de concessões de ferrovias

TCU determinou ao MT que autue processo administrativo para cada uma das concessões de ferrovias próximas do fim contratual

Por Redação

19/03/2025 - 8:53 h | Atualizada em 19/03/2025 - 11:33
Trem da Ferrovia Transnordestina
Trem da Ferrovia Transnordestina -

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), conduzida pelo ministro Jorge Oliveira, constatou falhas na formalização e institucionalização dos processos de renovação de contratos de concessões ferroviárias cujos prazos de vigência estão próximos do fim e na articulação entre as entidades, bem como ausência de estabelecimento de responsabilidades, etapas e prazos.

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O TCU avaliou os contratos especificamente das malhas Sul (RMS), Centro-Atlântica (FCA), Transnordestina (FTL), Oeste (RMO) e Tereza Cristina. Segundo o órgão, esses contratos têm duração de 30 anos e, a poucos meses do encerramento, não há decisão quanto aos rumos de cada concessão nem processos administrativos relacionados à sua continuidade.

Para o Tribunal, um dos pontos de maior risco nas diretrizes emitidas pelo Ministério dos Transportes (MT) é a medida emergencial de segregar os trechos operacionais dos não operacionais, com o adiamento da discussão de possíveis soluções para a questão do alto índice de abandono das malhas e a desassociação de tais ferrovias das iniciativas de planejamento de transporte vigentes.

Para o Tribunal, a decisão do MT ocorreu sem que existissem informações quanto à viabilidade técnica, financeira e orçamentária de explorar os segmentos potencialmente menos atrativos de maneira isolada. Em consequência, pode haver comprometimento da capacidade da União de preservar o patrimônio ferroviário e manter a prestação do serviço onde houver interesse público, nos quase 10.000 km de ferrovias que foram considerados não operacionais pelas atuais concessionárias.

Outra questão que chamou a atenção do TCU foi o fato de que as malhas referentes às concessões da FCA, RMS, RMO e FTL possuem histórico reiterado de inadimplência contratual e abandono de trechos ferroviários. Por isso, a renovação de contrato com concessionárias inadimplentes foi considerada um risco.

Em consequência do acompanhamento, o TCU determinou ao MT que autue processo administrativo para cada uma das concessões de ferrovias próximas do fim contratual e elabore, em 90 dias, para cada uma delas, plano de ação ou outro instrumento similar.

O ministério e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) também deverão, no processo decisório de prorrogar ou licitar as malhas ferroviárias, levar em consideração o histórico de cumprimento das metas de produtividade e segurança, a elevada inadimplência e o alto índice de abandono de trechos ferroviários.

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Tags:

antt auditoria TCU concessão de ferrovias falhas em contratos Ministério dos Transportes notificação

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