POLÍTICA
Trump tenta construir desculpa após reunião com Lula, avalia Planalto
Presidentes tiveram encontro presencial na Malásia, no último domingo, 26

Por Yuri Abreu

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem tentando construir uma desculpa após a reunião com Lula, no último domingo, 26, na Malásia, no sentido de um recuo do tarifaço — mas sem sair com a pecha de perdedor.
A avaliação é de ministros da gestão petista, que viram com otimismo a possibilidade. Conforme o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o republicano já teria um motivo real para acabar com o tarifaço: a inflação em território americano de produtos como a carne e o café, itens que lideram as exportações brasileiras para os Estados Unidos.
Trump, porém, deixou a impressão a integrantes do governo brasileiro que precisa sair com algo a mais da negociação com o Brasil para justificar seu recuo no tarifaço. Tudo para evitar o apelido de TACO (Trump Always Chickens Out — Trump Sempre Amarela, em português).
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu na manhã desta segunda-feira, 27, ao encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, realizado na Malásia. Em publicações nas redes sociais, o parlamentar afirmou que as imagens da reunião representam “a derrota e a pequenez” de Lula diante do ex-presidente norte-americano.
Segundo Eduardo, o encontro demonstraria uma suposta submissão do petista à “força inequívoca” de Trump. “Foto com Donald Trump seria vitória se esse fosse um governo alinhado à direita. No caso do Lula, é o símbolo da sua derrota e pequenez, tendo que se submeter à força inequívoca do presidente Trump, a quem Lula odeia e chamava de ‘nova cara do nazi-fascismo’”, escreveu o deputado.
Em outro trecho, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também comparou a situação a um cenário hipotético em que seu pai teria de se reunir com Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, sob pressão internacional. “Seria o mesmo que dar vitória ao Bolsonaro por ele ser obrigado a implorar por reunião e tirar foto com Maduro”, afirmou.
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