SALVADOR
"Cadê a arma?", questiona irmã de jovem morto durante operação em Valéria
Moradores do bairro realizaram protesto e interditaram a estrada do Derba no final da manhã de segunda
Por Da Redação
Familiares de Wendel de Aragão Pinto Ferreira dos Santos, de 18 anos, que morreu após ser baleado na noite do último domingo, 15, no bairro de Valéria, em Salvador, contestam a versão de que ele um um outro jovem tenham sido atingidos durante confronto com policiais militares.
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Em conversa com o Portal A TARDE, Raquel, irmã de Wendel, nega que o parente estava armado no momento da ação que resultou na morte do ente querido. "Dizem que meu irmão tava com arma, eu quero saber cadê a arma que ele falou que meu irmão tava?"
Para ela, a versão oficial da polícia não condiz com a realidade e reafirma que os policiais chegaram atirando. "Pra eles, sempre vai ser essa versão, né? Que foi tocar de tiro, mas não foi tocar de tiro. Eles já chegaram na comunidade atirando nos moradores. E aí que ele viu meu irmão e o amigo dele vindo na moto, acabou atirando e matou meu irmão. Dizem que meu irmão tava com arma, eu quero saber cadê a arma que ele falou que meu irmão tava?. Também queria saber onde estava esse saco de droga?", desabafou.
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A parente da vítima salienta ainda que o jovem não tem nenhum envolvimento com o tráfico de drogas e era trabalhador. "Essa população tem medo é deles, eles já chega matando, onde mande família, atirando, matando. E como se os fomos fossem cachorros, sem dono".
Ainda durante a entrevista, Raquel pediu justiça e acrescentou que os familiares devem ir na corregedoria entre esta terça e quarta-feira, 18.
A Polícia Militar da Bahia se pronunciou sobre o caso por meio de nota oficial. Confira abaixo na íntegra.
"De acordo com informações da ocorrência, na noite de domingo (15), policiais da 31ª CIPM realizavam rondas no bairro Valéria, quando, na localidade conhecida como Iraque, se depararam com homens armados embarcados em motocicletas. Ao perceberem a presença da polícia, os suspeitos atiraram contra a guarnição, que revidou. Após o confronto, foram encontrados dois suspeitos feridos. Na prestação de socorro, houve um início de tumulto e a população não aceitou que a pm encaminhasse os indivíduos para atendimento hospitalar, os quais foram socorridos por populares."
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