DELEGADA ASSASSINADA
Diretor do Depom afirma que Tancredo Arruda se enrolou nos relatos
Oficial contou detalhes do caso em entrevista coletiva nesta terça-feira
Por Bruno Dias / Portal MASSA! e Alex Torres
O diretor do Depom, Arthur Gallas, revelou em entrevista coletiva nesta terça-feira (13) detalhes sobre o relato inicial de Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda, suspeito de ter matado a delegada da Polícia Civil, Patrícia Neves Jackes Aires, no fim de semana.
De acordo com o oficial, o sujeito se enrolou e relatou fatos contraditórios no dia do crime. "Falei com ele pelo telefone e gravei com outro celular no viva voz. E a partir daquele momento ali algumas contradições já vieram, ele passou a versão de que os dois teriam saído de Santo Antônio, parado o carro em Sapeaçu para urinar, ai surgiu uma moto com três elementos, e aí realmente fica difícil ter três elementos em uma moto. Dois desceram, abordaram eles dando voz de assalto e sequestraram a delegada e o veículo", iniciou.
"Próximo a Feira de Santana, ele diz que é colocado para fora do veículo e, segundo ele, bateu a cabeça levemente e estava em posse do telefone celular. Celular que nos chamou a atenção novamente, visto que se fosse um roubo, provavelmente o celular dele teria sido levado. E então, a partir dali, ele demorou muito tempo para acionar a polícia, em torno de duas horas, uma hora e meia, duas horas", continuou.
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Após buscas, o veículo foi localizado em São Sebastião do Passé, na RMS, com o corpo da mulher no banco do carona. A perícia entrou em ação e, a partir das evidências, começou a desvendar os reais desdobramentos da ocorrência.
"A partir dali, em análises preliminares de lesões, ficou evidente que as lesões que ele tinha eram compatíveis com as lesões que ela tinha. Ele do lado do motorista e ela do lado do carona. Ele estava arranhado pelo pescoço do lado direito, pois ela estava do lado direito dele. Já ela, estava com lesões do lado esquerdo. Então assim, ele tinha uma lesão de cotovelo e ela tinha uma lesão na boca, que foi agredida, como se ele tivesse dado uma cotovelada. A mão dele esquerda inchada, como se tivesse também socado ela, ai a gente já tinha certeza do fato", contou.
O homem passou por audiência de custódia na segunda-feira (12) e teve a prisão convertida em preventiva até o fim das investigações no presídio da Mata Escura, em Salvador.
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