SALVADOR
"Garantir que estejam nas mãos certas", diz Dino sobre acesso a armas
Fala do ministro aconteceu durante o Congresso Baiano de Segurança Pública e Prevenção em Salvador
Por Victoria Isabel e Leo Moreira
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Portal A Tarde, falou sobre o esquema de compra de armas por facções criminosas. Segundo Dino, a chave para resolver o problema é assegurar que as armas sejam mantidas sob controle e nas mãos certas. Sua declaração foi feita na manhã desta sexta-feira, 13, durante o Congresso Baiano de Segurança Pública e Prevenção, realizado no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador.
“As armas precisam estar nas mãos certas, não há dúvidas de que só há um trabalho de enfrentamento à criminalidade quando necessário: usando a força. Infelizmente é assim. As armas não podem estar nas mãos de todas as pessoas. Aumentando a quantidade de armas na sociedade, você facilita o acesso das facções as armas, foi isso que aconteceu no Brasil em anos recentes, porque é a lei da oferta e da procura, quanto mais um produto é ofertado, o preço dele cai e é mais fácil conseguir”.
O ex-ministro de Justiça e Segurança Pública (MJSP), citou ainda o Esquema de compra de armas desmontado na Bahia. “Essa grande operação que começou na Bahia, liderada pela polícia federal, fez com que a maior rede de tráfico internacional de armas da história do Brasil fosse desmontada. Uma rede que vinha do país vizinho, o Paraguai, mas que as armas vinham do leste europeu e a lavagem de dinheiro eram feitas em empresas que estavam situadas nos Estados Unidos, para poder exemplificar a magnitude dessa rede”.
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“Então esse é o elemento essencial, combater o tráfico internacional, garantir que as armas não cheguem nas mãos erradas e que armas que estejam nas mãos da polícia. Tudo isso depende da descapitalização das organizações criminosas, tirar dinheiro das quadrilhas, porque que hoje elas são bilionárias”.
“Isso é uma tendência mundial, não é só brasileira. É por isso que as grandes operações de armas, de drogas, dinheiro e bens de luxo são importantes. Porque são essas apreensões que enfrentam os furtos na esquina, que está integrado numa rede criminosa que precisa ser desmontada”, completou.
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