DENÚNCIA
Professora denuncia racismo em campanha do Cremeb: "bizarro"
Camapanha usa imagens de mulher negra, apontado que uma delas seria falsa
A professora e escritora Bárbara Carine acusou uma campanha do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) de racismo. Nas redes sociais, neste sábado, 12, Bárbara disse que a campanha “incita pensamentos racistas”.
“É muito bizarro, incita pensamentos racistas, reforçam o estereótipo racista do ponto de vista estrutural que permeia esse imaginário coletivo social. Uma instituição pública fazendo uma bizarrice em via pública”, afirmou.
Veja também:
>>>Limpurb entrega caminhões plotados em apoio ao Outubro Rosa
>>>Terror: Moradores de Pernambués sofrem com tiroteio e um homem morre
A campanha realizada pelo Cremeb usa a imagem de uma mulher negra, que espelha duas pessoas como médicas, com o seguinte alerta: “Uma delas é falsa. Na dúvida, consulte o Cremeb”. A imagem está em um outdoor na Avenida Centenário e em uma estação de metrô.
“Por que a imagem de uma mulher negra? Eu não conheço pessoas negras arriscando ser médicas, sem diploma para isso, eu vejo muita gente branca, usando do seu lugar de passabilidade, da sua estética de poder, da sua estética de segurança, de alguém que está acima de todas as suspeitas para fazer isso e dar golpe em pessoas no Brasil”, disse a professora.
Intitulada como uma “Intelectual Diferentona” nas redes sociais, Bárbara ressaltou que diferente de pessoas brancas, profissionais da saúde negros, precisam estar a todo instante reforçando seu cargo. “Diferente de pessoas negras, precisam estar o tempo todo apresentados o tempo todo o seu CRM, para comprovar que ela é médica constantemente e algumas pessoas nem querem ser atendidas por ela”.
>>>Ataque a tiros no Centro Histórico termina com 3 mortos e um ferido
>>>Alunos apontam preconceito após portaria que impede migração do B.I. para medicina
Apesar da acusação da professora, existem outras imagens da mesma campanha espalhadas por Salvador, com imagens de pessoas brancas, como na estação de metrô Acesso Norte.
Falsos médicos
Um dos casos de médicos que atuavam sem ter um diploma de formação em medicina, está o do falso médico Tancredo Neves Lacerda Feliciano de Arruda. O Cremeb busca saber quem foi o responsável pela contratação dele. Tancredo atuava com o CRM do pai, o médico formado Dr. Arylton Feliciano de Arruda.
Outro caso é de uma falsa médica, também de cor branca, que atuava ilegalmente em Santo Antônio de Jesus. inclusive, chegou a assinar e carimbar um relatório que atesta ter acompanhado a transferência de uma paciente à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela foi presa em flagrante, em 2022, após fiscalização do Cremeb.
O Portal A TARDE entrou em contato com o Cremeb, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro