SALVADOR
Salvador ganha murais de grafite em homenagem a Iansã e Santa Bárbara
As obras fazem parte do projeto Viva Salvador

Por Redação

Salvador ganhou dois murais em grafite dedicados a Santa Bárbara e Iansã, celebradas nesta quinta-feira, 4, data em que a capital se veste de vermelho para homenageá-las. As intervenções fazem parte do projeto Viva Salvador e estão instaladas no histórico Mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros.
As obras foram concluídas em dois dias de criação e têm assinaturas de artistas reconhecidos na cena da arte urbana local. Um dos murais foi produzido em conjunto por Bigod e Prisk, integrantes do Coletivo MUSAS – Museu de Street Art de Salvador, enquanto o outro leva a assinatura do artista Tárcio V, um dos principais nomes do grafite no estado.
O projeto é idealizado pela Viva Agência de Ideias, sob direção de Paula Hazin, e marca o início de uma série de intervenções urbanas que têm como objetivo transformar muros em suportes de memória, fé e identidade, valorizando e repensando as festas populares religiosas da capital baiana.

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“A ideia é homenagear a cidade com esta linguagem tão linda que é o grafite. Começamos pela festa de Santa Bárbara, que pinta nossa Salvador de vermelho. O nosso desejo é envolver arte, fé e festa, porém repensando a maneira como utilizamos os espaços públicos e, claro, trazendo beleza”, afirma a idealizadora do projeto.
Mais murais
O projeto prevê a criação de pelo menos sete grandes murais, cada um dedicado a uma tradicional festa popular religiosa da cidade: São Lázaro; Nossa Senhora da Conceição da Praia; Bom Jesus dos Navegantes; Lavagem do Bonfim; Iemanjá e Carnaval.
Os locais vão sendo definidos em diálogo com a comunidade e órgãos públicos, priorizando áreas de grande circulação ou espaços em processo de degradação urbana.
"Dentre os principais objetivos do projeto estão valorizar o patrimônio cultural e religioso de Salvador, além de promover o grafite como ferramenta de transformação urbana, estimular o turismo cultural, fortalecer a produção artística local e criar circuitos de arte pública acessíveis à população", ressalta Hazin.
O projeto também inclui vertente educativa e formativa. Serão realizadas oficinas gratuitas de grafite para jovens de bairros populares, incluindo aulas práticas e teóricas sobre técnicas de pintura, história da arte urbana e identidade cultural. Ao final das oficinas, os participantes integrarão a produção coletiva de novos murais na cidade.
Além disso, estão previstas mesas-redondas e seminários culturais, reunindo mestres da cultura popular, artistas, pesquisadores, líderes comunitários e representantes religiosos para discutir as tradições e símbolos das festas populares soteropolitanas. Um mini documentário sobre o processo criativo do projeto também será lançado.
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