POLÍCIA
Traficante 'DoLixo' mantinha comando de facção à distância; entenda
Foco da operação foi o combate a uma organização criminosa que agia de forma articulada entre facções, com atuação principal em Salvador
Por Redação e Bruno Dias | Portal Massa!

Na madrugada desta quarta-feira, 19, a Operação Reciclagem, deflagrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), desarticulou um grupo criminoso responsável por uma série de homicídios na região de Vila Canária. O foco da operação foi o combate a uma organização criminosa que agia de forma articulada entre facções, tendo como um dos principais líderes Luís Cláudio dos Santos Passo, o "DoLixo", encontrado na cidade de Presidente Tancredo Neves.
O indivíduo resistiu à prisão e morreu durante um confronto com a polícia. Ele era o líder da Tropa do A, uma facção criminosa que, em coligação com a facção Katiara, se estabeleceu em várias localidades, incluindo a área de Vila Canária. A operação resultou em 21 mandados de prisão, dos quais 5 criminosos morreram em confronto, e 7 foram presos, com outros detidos já cumprindo pena no sistema prisional.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Dr. Marcelo Calmon, Luís Cláudio, o "DoLixo", apesar de estar fisicamente distante dos locais de crime, mantinha o comando da organização de forma eficaz. Ele utilizava diversos asséclas, indivíduos de confiança, que executavam sua gerência do tráfico de drogas e de armas em seu nome.
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Em entrevista, Dr. Marcelo Calmon detalhou como a liderança de "DoLixo" funcionava mesmo à distância. "Na verdade, o 'doLixo', que era um indivíduo e líder da organização criminosa que atuava no bairro Presidente Tancredo Neves, utilizava diversos asséclas, indivíduos ligados diretamente a ele, que ficavam no bairro de Vila Canária fazendo toda a sua gerência no tráfico de drogas em seu nome, distribuindo droga, distribuindo armas, recolhendo valores e dinheiro proveniente da venda de drogas, que eram repassados diretamente para ele. Mesmo à distância, ele continuava regendo todo o tráfico de drogas naquela localidade, determinando quem morreria, quando os bondes seriam montados, para quem seriam distribuídas as armas e as drogas."
Dr. Marcelo também explicou a dinâmica dos grupos que compunham o comando do tráfico. "Os puxadores de bondes estavam envolvidos nas execuções, sim, e os gerentes do tráfico de drogas também faziam a parte da gerência do tráfico. Alguns misturavam as funções, mas havia outros que se dedicavam apenas ao tráfico. No entanto, muitos exerciam essas duas funções, cada um com seu cargo."
A operação teve como nome "Reciclagem" em alusão ao apelido do chefe da organização.
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