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NA BRONCA!

UFBA: estudantes do B.I protestam contra corte de vagas para migração

Redução drástica de opções atinge alunos da Saúde, Artes e Humanidades; reitoria é criticada por falta de resolutividade

Por Luan Julião

21/07/2025 - 14:25 h | Atualizada em 21/07/2025 - 15:11
Protesto em frente à Reitoria da instituição, localizada na Rua Dr. Augusto Viana, no bairro do Canela
Protesto em frente à Reitoria da instituição, localizada na Rua Dr. Augusto Viana, no bairro do Canela -

Estudantes concluintes dos cursos de Bacharelado Interdisciplinar (B.I) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) realizaram, no fim da manhã desta segunda-feira, 21, um protesto em frente à Reitoria da instituição, localizada na Rua Dr. Augusto Viana, no bairro do Canela. O local é uma via estratégica que liga o Campo Grande à Federação e acabou sendo parcialmente interditado durante a manifestação.

O ato foi motivado por uma decisão que, segundo os estudantes, teria partido da universidade: a redução na quantidade de cursos e vagas disponíveis para a migração dos alunos do B.I. Essa migração é uma etapa essencial prevista na estrutura da graduação, permitindo que o estudante conclua sua formação em cursos específicos das áreas escolhidas.

O B.I é um curso de graduação com duração plena, que busca oferecer uma formação humanística, científica e artística ampla, articulada com competências específicas para a profissionalização ou continuidade nos estudos acadêmicos. Após três anos, o estudante passa por um processo seletivo interno para se direcionar a cursos como Direito, Psicologia, Medicina, Teatro, entre outros, de acordo com sua área.

Local é uma via estratégica que liga o Campo Grande à Federação
Local é uma via estratégica que liga o Campo Grande à Federação | Foto: Ag. A TARDE | Luan Julião

Segundo os manifestantes, a nova proposta da UFBA compromete diretamente esse processo de transição.

"Bom, eu sou aluna do Bacharelado Interdisciplinar (B.I) em Saúde, e a gente está fazendo essa manifestação justamente porque o BI, que é um curso inclusive pouco conhecido, né? É um curso que a gente faz por três anos e, depois, a gente passa por um processo seletivo para migrar para um novo curso", explicou Tayonara Aillana.

Ela destaca que o atraso causado pela pandemia foi reconhecido pela própria universidade, que autorizou trancamentos especiais. Ainda assim, os alunos afetados agora se veem prejudicados.

"Então, a gente agora está sendo penalizado, de certa forma, por isso (...). Houve uma redução drástica de cursos e de vagas. A gente tem inúmeros cursos na universidade, e só sete cursos, em tese, entram no processo seletivo", acrescentou.

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A indignação é reforçada por Yohanna Barreto, também estudante do B.I em Saúde, que relata frustração com as conversas estendidas com a administração universitária, sem soluções concretas.

"Hoje a universidade prorrogou, desde 2024, na verdade, final de 2023, e de 2024 inteiro e agora 2025 um semestre, ela prorrogou essas conversas, marcando reunião, marcando conversas que não foram resolutivas", afirmou Yohanna. "E hoje eles apresentaram proposta de redução das vagas, redução dos cursos, e isso daí acaba infringindo uma questão da isonomia do processo".

Os efeitos da nova proposta atingem também os B.Is em Humanidades e Artes. Amanda Souza, estudante da área de Humanidades, critica a drástica redução nas opções para migração — especialmente em cursos tradicionalmente concorridos.

"Nosso curso, já tinha um número pequeno de vagas: 27 vagas apenas para a quantidade grande de gente que quer migrar para Psicologia. Só que agora, com a nova resolução que estão querendo implantar, estão querendo dar apenas 17 vagas para o nosso curso, por exemplo. (...) Direito, para quem quer Direito, não tem nenhuma vaga prevista; Ciências Sociais, nenhuma vaga; História, nenhuma vaga", denunciou Amanda. "É direito do BI a gente concluir o BI e migrar para o curso que quiser da categoria de Humanidades".

Na área de Artes, a frustração também é evidente. A estudante Melissa Neiva, conhecida como Abêiazinha, apontou a negligência com a oferta para os alunos do B.I artístico.

"A área de Artes já é subvalorizada dentro da sociedade, na UFBA por si só, e dentro do BI a gente recebe pouquíssima atenção", afirmou. "Eles só têm previsão para uma próxima transição. (...) Estou sendo impedida por conta desse corte".

Os estudantes afirmam que pretendem continuar mobilizados até que a universidade garanta a integralidade das vagas e das opções de cursos, como vinha ocorrendo nos processos seletivos anteriores. Procurada, a Reitoria da UFBA ainda não se manifestou oficialmente sobre as reivindicações.

Entramos em contato com a UFBA para obter um posicionamento sobre as reclamações dos estudantes, mas não recebemos resposta até o momento do fechamento desta matéria. Continuaremos atentos a qualquer atualização por parte da universidade.

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