
SÃO JOÃO
São João: Primeiro baiano de acarajé cultiva tradição familiar
Baiano marcou presença no quarto dia de festa do Parque de Exposições
Por João Grassi

A tradição das baianas de acarajé é algo predominantemente feminino devido à origem ligada às mulheres africanas escravizadas, que preparavam e vendiam o alimento como forma de sustento e oferenda religiosa. No entanto, um homem desponta como pioneiro neste São João do Parque de Exposições.
Em entrevista ao Portal A TARDE nesta sexta-feira, 20, o baiano Nailton Santana, conhecido como Cuca, comentou sobre seu pioneirismo sendo um homem vendedor de acarajé. “Eu sou o primeiro baiano do acarajé, eu sou o primeiro. Depois de mim surgiram vários, porque antes não liberavam homem vender acarajé, mas eu fui com a cara de coragem”, garantiu Cuca. “Hoje não temos essa separação”, completou.
Leia Também:
Com uma família grande e toda “da raíz do acarajé", Cuca trabalha em conjunto com seus diversos filhos e netos, que mantém a tradição que já dura décadas e décadas. “Minha família é toda da raiz do acarajé. Minha mãe tem 72 anos só de acarajé, minha avó tem mais. Todos os filhos foram aprendendo, hoje eu já tenho oito filhos e 18 netos. Nós todos trabalhamos com acarajé, vivemos dele”, detalhou.

Presente em bairros como Barra, Ondina e Rio Vermelho, o Acarajé do Cuca já acumula mais de 40 anos no ofício, tendo como diferencial sua variedade de alimentos no cardápio, com destaque para os bolinhos. “É um tabuleiro variado, mas são preparados com a mesma matéria-prima das baianas. No tabuleiro das baianas, quando elas querem botar, elas botam igual o meu. Agora, o meu a diferença é que além do acarajé, o abará, eu tenho vários tipos de outros quitutes”, finalizou.
Transmissão ao vivo do São João 2025
A festa em Salvador segue até o dia 24. Acompanhe a transmissão ao vivo do São João 2025 no canal do YouTube do Grupo A TARDE:
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes