CONHEÇA A ERVA
A verdinha que limpa o fígado e reduz o inchaço naturalmente
Erva vem chamando atenção de profissionais de saúde integrativa e pesquisadores

Por Edvaldo Sales

Muitas vezes tratado como simples erva daninha em jardins e áreas urbanas, o dente-de-leão (Taraxacum officinale) vem chamando atenção de profissionais de saúde integrativa e pesquisadores.
Tradicionalmente utilizado em diferentes culturas, o vegetal é associado ao apoio do fígado, dos rins e do sistema linfático, o que tem impulsionado seu uso em práticas de fitoterapia e protocolos de manejo de retenção de líquidos.
Em materiais sobre saúde natural, o dente-de-leão é frequentemente citado em abordagens voltadas para sintomas como inchaço, sensação de peso corporal e edema leve. Esses quadros podem ocorrer quando o sistema linfático, que é responsável por transportar líquidos e remover resíduos, apresenta lentidão em seu fluxo.
Segundo especialistas em fitoterapia, o uso tradicional da planta combina dois mecanismos:
- Ação diurética, que promove maior eliminação urinária e contribui para reduzir líquidos acumulados;
- Apoio indireto à função hepática, auxiliando processos de depuração de substâncias metabolizadas no fígado.
Essa combinação pode favorecer o equilíbrio geral da circulação de líquidos, embora profissionais de saúde ressaltem que o uso deve sempre ser orientado caso a caso.
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Desintoxicação
Algumas pesquisas sobre o Taraxacum officinale avaliam principalmente sua influência no fígado, nos rins e no fluxo linfático. Compostos amargos presentes nas folhas e raízes estimulam a produção e liberação de bile — substância essencial na digestão de gorduras e na excreção de determinados compostos.
Outros pontos observados em estudos ou no uso tradicional incluem:
- Estímulo da bile, favorecendo o metabolismo hepático;
- Presença de antioxidantes associados à proteção celular;
- Aumento do volume urinário;
- Possível redução de edemas leves, relacionada à eliminação de água e sódio.
Apesar do interesse científico, especialistas lembram que termos como “desintoxicação” ou “detox” devem ser usados com cautela, já que o corpo possui mecanismos naturais próprios e a eficácia de estratégias complementares varia conforme cada indivíduo.
Consumo e cuidados
O dente-de-leão é encontrado em chás, cápsulas, extratos e também pode ser utilizado fresco em preparações culinárias. Para fins terapêuticos, o consumo costuma ser orientado por nutricionistas, médicos integrativos e fitoterapeutas.
Profissionais reforçam algumas recomendações de segurança:
- Evitar uso sem orientação em casos de doenças renais ou hepáticas;
- Avaliar possíveis interações com diuréticos, anti-hipertensivos e outros medicamentos;
- Observar sinais de sensibilidade, como desconforto gastrointestinal ou alergias;
- Priorizar produtos de procedência confiável e identificação botânica correta;
- Respeitar o tempo de uso indicado.
Como encaixar na rotina?
Em meio ao crescente interesse por alternativas naturais, o dente-de-leão aparece como uma das plantas mais frequentemente mencionadas em práticas de cuidado complementar — especialmente em protocolos de drenagem de líquidos, suporte hepático e manejo de inchaços leves.
No entanto, profissionais de saúde reforçam, que a planta não substitui tratamentos médicos e deve ser integrada a hábitos fundamentais, como alimentação equilibrada, hidratação adequada, atividade física e técnicas de drenagem manual quando indicadas.
O consenso entre especialistas é que o dente-de-leão pode compor estratégias integrativas, desde que utilizado de forma segura e orientada, considerando as particularidades de cada paciente e o equilíbrio geral do organismo.
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