SAÚDE
Busca por check-up avança, porém homens ainda fogem das consultas
Essa resistência ajuda a explicar a alta incidência de doenças crônicas entre homens de 35 a 70 anos

Por Isabela Cardoso

A procura por avaliações preventivas vem aumentando no país, mas os homens continuam sendo os que menos recorrem ao médico. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que a demanda por check-ups cresceu 28% nos últimos três anos.
Mesmo assim, quase metade dos homens (47%) admite não ter feito nenhuma consulta no último ano, segundo levantamento do Ministério da Saúde.
Para a cardiologista e médica integrativa Larissa Calvalcanti, da Angioclam, essa resistência ajuda a explicar a alta incidência de doenças crônicas entre homens de 35 a 70 anos, especialmente as cardiovasculares e metabólicas.
“Portanto, quem faz diagnóstico precoce dessas doenças e realiza as mudanças de estilo de vida necessárias, viverá mais e melhor", reforça a médica.
Doenças silenciosas exigem atenção constante
As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no país, com mais de 400 mil óbitos por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Muitos desses casos estão ligados a condições que podem ser controladas, como hipertensão, colesterol elevado, sobrepeso, tabagismo e estresse.
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Pesquisas publicadas na revista Nature Reviews Cardiology apontam que check-ups regulares, aliados a mudanças de hábitos e acompanhamento contínuo, podem reduzir em até 40% o risco de eventos cardíacos graves.
Para a cardiologista Larissa Amorim, o ponto central é transformar cuidado em rotina. “Saúde não é um episódio, é um hábito. Quando o homem entende que prevenir é agir com antecedência, ele se torna protagonista da própria história”, afirma.
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