Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > SAÚDE
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

SAÚDE

Direito à amamentação: entenda tudo sobre a proteção legal às mulheres

Lactantes têm direitos garantidos por lei no ambiente de trabalho, estudo e locais públicos

Gustavo Zambianco

Por Gustavo Zambianco

06/08/2025 - 17:36 h
Veja direitos que lactantes possuem
Veja direitos que lactantes possuem -

Uma das maiores dúvidas que paira na sociedade no quesito amamentação é até onde a lei defende e garante direitos às mulheres que estejam passando por esse período na vida, visto que muitos auxílios não são devidamente evidenciados.

Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as mães lactantes têm direitos que devem ser respeitados pelas empresas. De acordo com a advogada Isabelle Vieira, “a consolidação das leis trabalhistas trouxe um grande avanço para as mães, garantindo assim um enorme benefício também para a criança, já que o leite materno é o melhor alimento que o bebê pode receber”.

Tudo sobre Saúde em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

No local de trabalho, um dos principais direitos a ser respeitado é a licença-maternidade de 120 dias, que pode ser prorrogada para até 180 dias em casos onde a empresa adere ao programa Empresa Cidadã. Mais um ponto a ser destacado é que empresas com mais de 30 colaboradoras com mais de 16 anos de idade deve oferecer uma sala de apoio à amamentação com refrigeração (para ordenha e conservação do leite) e onde a criança possa ficar com um cuidador. Caso a empresa não disponibilize essa sala, ela deve oferecer creche própria, convênio ou reembolso-creche.

Leia Também:

As lactantes que retornarem ao trabalho após os 120 dias de licença tem direito a duas pausas de 30 minutos por dia, ou à redução da jornada diária em até uma hora, até que a criança complete seis meses de vida, ou mais mediante recomendação médica. Vale lembrar que esse tempo não pode ser descontado do salário da lactante.

Além disso, a mãe lactante tem direito à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Mães adotivas também têm os mesmos direitos, desde que já possuam a guarda provisória da criança. Isso porque o “aleitamento materno” vai além do ato de alimentar diretamente pelo seio.

Já para estudantes, a advogada diz que um dos direitos principais é a possibilidade de solicitar que as matérias sejam ministradas por vídeo-aula. Caso a instituição não possa oferecer isso, a lactante pode e deve levar a criança para a sala de aula, e não pode sofrer nenhum tipo de sanção pedagógica”, destaca.

Em espaços públicos, a mulher lactante também tem direitos assegurados. “A Constituição Federal garante que a mulher possa amamentar seu filho em qualquer local público ou privado de acesso público. Ninguém pode impedir, restringir ou constranger esse momento, o que pode ser considerado violação de direito constitucional, discriminação ou constrangimento ilegal”, afirma a docente.

OMS diz que leite materno é o melhor alimento para os bebês

A alimentação exclusiva de leite materno é recomendada pela Organização Mundial da Saúde até os seis meses de idade, após essa idade, a alimentação ainda deve manter o aleitamento deve ser mantido junto à introdução alimentar até, pelo menos, os dois anos de idade.

Isso acontece por vários estudos mostrarem que o leite materno possui todos os nutrientes essenciais na proporção exata para cada fase do desenvolvimento do bebê.

Segundo a pediatra Dra. Lilianny Pereira, uma característica única do leite materno deve ser destacada: “É o único alimento que consegue se ajustar, mudando sua composição de acordo com a idade e as necessidades da criança. Essas variações podem ocorrer até mesmo ao longo de um único dia. O leite materno é completo, rico em anticorpos e outros elementos que reforçam o sistema imunológico, protegendo contra diarréias, infecções respiratórias, otites, alergias e muitas outras doenças”.

É importante também combater alguns mitos que atrapalham o processo de amamentação. Dra. Lilianny explica que expressões como “leite fraco”, “o leite não satisfaz a criança” ou “antibiótico seca o leite” não têm base científica. “Mães que enfrentarem dificuldades com a amamentação devem buscar ajuda nos bancos de leite humano, disponíveis em diversos municípios, com a pediatra ou até mesmo com consultoras de amamentação, para corrigir o que for necessário”, orienta.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

amamentação Direitos direitos das mulheres

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Veja direitos que lactantes possuem
Play

Catu: moradores denunciam precariedade em posto de saúde improvisado

Veja direitos que lactantes possuem
Play

Pacientes com doenças crônicas ficam sem passe livre em Feira

Veja direitos que lactantes possuem
Play

Setembro também é Roxo: ação reforça luta contra a fibrose cística

Veja direitos que lactantes possuem
Play

Covid 5 anos: profissionais de saúde relembram desafios da pandemia

x