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SAÚDE

Gripe: Opas alerta para início precoce e maior impacto nas Américas

Vírus circula mais cedo e exige reforço na vacinação para 2026

Isabela Cardoso

Por Isabela Cardoso

13/12/2025 - 13:41 h
Vacinação contra a gripe
Vacinação contra a gripe -

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta epidemiológico projetando que a próxima temporada de gripe nas Américas, em 2026, poderá começar mais cedo e apresentar um impacto mais significativo do que o habitual.

O aviso se baseia no aumento recente da circulação global do vírus influenza, um cenário impulsionado por uma nova evolução genética do vírus predominante.

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Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para um crescimento da atividade global de influenza nos últimos meses, com clara dominância do subtipo Influenza A (H3N2). Embora a circulação geral ainda se mantenha dentro dos limites sazonais, alguns países já registraram um início precoce da gripe, com níveis de atividade acima do padrão histórico.

O fator H3N2 e a antecipação no hemisfério norte

O principal motivador para o alerta da Opas foi a antecipação da circulação da gripe no Hemisfério Norte, onde o vírus começou a se espalhar antes mesmo da chegada do inverno. A circulação é impulsionada, sobretudo, pelo Influenza A (H3N2).

A vigilância genômica global, monitorada pela OMS, identificou um rápido crescimento de um subclado específico do H3N2, conhecido como J.2.4.1 (ou subclado K), já detectado em dezenas de nações.

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Embora não haja, até o momento, um aumento relevante na gravidade clínica (como maior número de internações em UTIs ou óbitos), a Opas ressalta que temporadas dominadas pelo H3N2 historicamente causam maior impacto, especialmente entre a população idosa. Isso justifica a adoção de medidas preventivas com antecedência.

O vírus em constante mutação

O vírus influenza é conhecido por seu processo de deriva genética, mudanças genéticas constantes que o permitem "se reinventar o tempo todo", como explica o pediatra e infectologista Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Os subtipos H1N1 e H3N2 são os que mais frequentemente infectam humanos, gerando epidemias anuais.

O subclado K do H3N2 não é uma cepa completamente nova, mas sim uma evolução genética que pode favorecer uma maior taxa de transmissão. Embora ainda não tenha sido detectado de forma sustentada na América do Sul, a OMS considera provável que as cepas em circulação no Hemisfério Norte atinjam outras regiões nos próximos meses, seguindo o padrão global de migração viral.

Kfouri destaca que a infecção atinge entre 15% e 20% da população mundial anualmente, reforçando a importância da vacinação contínua.

Recomendações: preparação e vacinação

Diante desse cenário, Opas e OMS emitiram notas técnicas recomendando o reforço imediato de três pilares:

  • Vigilância reforçada: Intensificar o monitoramento da circulação viral.
  • Preparação dos sistemas de saúde: Organizar a rede para lidar com um possível pico precoce.
  • Aumento da cobertura vacinal: Priorizar a vacinação contra a gripe nos grupos mais vulneráveis.

A Opas aconselha que os países das Américas, incluindo o Brasil, se preparem para uma temporada de gripe mais cedo ou com maior impacto em 2026. “Não se trata de criar alarme, mas de antecipar a resposta. Quando a temporada começa cedo, o impacto sobre os serviços de saúde tende a ser maior”, conclui Kfouri.

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