CÂNCER DE PELE
Câncer de pele: entenda a doença que atingiu Bolsonaro e como se prevenir
Para cada ano do triênio 2023-2025, o Ministério da Saúde, por meio do Inca, estima 704 mil casos novos de câncer no Brasil

Por Jair Mendonça Jr

A exposição excessiva ao sol, sem a devida proteção, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele, a forma mais comum da doença no Brasil e no mundo.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde (MS), os tumores de pele correspondem a 27% de todos os casos de câncer no país, acendendo um alerta em uma nação com forte incidência de raios solares.
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Embora o câncer de pele seja mais comum em pessoas com mais de 40 anos, especialistas observam que a média de idade dos pacientes tem diminuído. Isso ocorre porque os danos da radiação UV são cumulativos e a exposição na infância e adolescência pode se manifestar na vida adulta.
"A radiação solar tem efeito cumulativo, a prevenção deve se iniciar com os bebês, evitando a exposição ao sol nos horários de risco e pelo uso de produtos específicos para a faixa etária", explica Ana Cristina Pinho, diretora do Inca.
Sinais de alerta e tipos da doença
Estar atento aos sinais do corpo é crucial para o diagnóstico precoce. Manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram, assim como feridas que não cicatrizam em quatro semanas, podem indicar o câncer de pele não melanoma.
Este tipo, mais frequente e com alta taxa de cura se diagnosticado cedo, geralmente aparece em áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas.
A forma mais grave, o melanoma, embora mais rara, é mais agressiva e pode se espalhar para outros órgãos. Ele se manifesta como pintas ou sinais com formato assimétrico, bordas irregulares, mais de uma cor e que mudam de tamanho rapidamente.
Para cada ano do triênio 2023-2025, o Ministério da Saúde, por meio do Inca, estima 704 mil casos novos de câncer no Brasil. A incidência é maior nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, tanto em homens quanto em mulheres.
Prevenção e tratamento
A boa notícia é que o câncer de pele é de fácil prevenção. A principal medida é evitar a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h. O uso de protetor solar com FPS 30, no mínimo, é indispensável e deve ser reaplicado a cada duas horas, mesmo em dias nublados. Roupas, bonés e óculos de sol também são aliados na proteção.
Caso um sinal suspeito seja encontrado, a orientação é procurar um posto de saúde para avaliação. O diagnóstico é feito por um dermatologista, podendo envolver exame clínico e biópsia. A cirurgia é o tratamento mais indicado, mas radioterapia e quimioterapia podem ser usadas dependendo do estágio da doença.
A rede de saúde pública brasileira, por meio de Unidades e Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons e Cacons), garante o tratamento integral e especializado para os pacientes com câncer.
Essa política nacional de prevenção e controle do câncer, estabelecida pelo Mnistério da Saúde, determina o cuidado integral e regionalizado ao usuário.
Caso Bolsonaro
O caso do ex-presidente Jair Bolsonaro serve como um exemplo recente e de grande visibilidade sobre o câncer de pele. Em setembro de 2025, ele foi diagnosticado com um carcinoma de células escamosas “in situ” - um tipo de câncer de pele superficial e localizado -, em duas das oito lesões de pele que havia retirado.
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