SAÚDE
Mutirões de cirurgias visam reduzir fila de espera no estado
Escolha dos pacientes é feita com base no tempo de espera na fila
Por Marcela Magalhães
A partir de domingo (18), o Hospital Ortopédico do Estado iniciará um mutirão de cirurgias para atender a demanda de pacientes com problemas ósseos de alta complexidade. Com a participação de 22 cirurgiões e uma equipe multidisciplinar, a iniciativa visa reduzir a fila de espera por procedimentos ortopédicos no estado da Bahia.
A primeira fase do mutirão, que se estenderá por uma semana, focará em cirurgias de joelho, contemplando 80 pacientes adultos. As operações serão realizadas em 13 salas simultâneas, com duração média de quatro horas cada.
A escolha dos pacientes é feita com base no tempo de espera na fila e o critério é o mesmo usado para o atendimento regular, mas o mutirão é uma estratégia para acelerar o processo, em que é preparada uma estrutura completa para concentrar mais cirurgias em um intervalo de tempo menor.
Segundo Roger Monteiro, diretor geral do Hospital Ortopédico do Estado, a meta é clara: “Existem mais de dez mil pacientes na fila, e mesmo com cirurgias diárias, novos casos surgem constantemente. Nosso objetivo é operar cerca de oitenta pacientes em uma semana, focando nas cirurgias de joelho, que representam a maior demanda na especialidade”.
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Os procedimentos são acessados por meio da Central Estadual de Regulação, um sistema informatizado que integra pacientes com a rede de hospitais especializados. “O paciente que precisa de atendimento ortopédico passa por uma avaliação inicial em postos de saúde ou UPAs. Se necessário, é encaminhado para um especialista, e a regulação é feita através do Sistema de Regulação Ambulatorial (SRA), assim acessamos e entramos em contato com os pacientes”, detalha o diretor.
Durante o mutirão, serão realizadas diversas cirurgias de alta complexidade, como a artroplastia, que envolve a substituição da articulação por uma prótese, cirurgias de menisco e de lesões dos ligamentos.O mutirão contará com o reforço de especialistas conceituados no país e no exterior para o mutirão e uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, anestesistas, técnicos, auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas.
“Estamos trazendo grandes nomes da ortopedia, não apenas para realizar as cirurgias, mas também para treinar e capacitar nossa equipe,” afirma Roger Monteiro. Entre os especialistas convidados estão os profissionais paulistas Moisés Cohen e o professor da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, Mauricio Kfuri, que irão compartilhar conhecimentos e técnicas avançadas com a equipe local.
Organizar 13 salas cirúrgicas operando de forma simultânea tem tido uma preparação há quase noventa dias. O planejamento envolve coordenação entre profissionais, fornecedores e a equipe do hospital para garantir que tudo ocorra sem contratempos. O diretor Roger destaca que os principais desafios incluem a coordenação de recursos e o gerenciamento do tempo de operação para garantir que todas as cirurgias sejam realizadas com a máxima eficiência e segurança.
O mutirão atual é apenas o começo, após o ciclo de cirurgias de joelho, o hospital realizará mutirões dedicados a procedimentos pediátricos e outras especialidades a partir do dia 24 deste mês, a expectativa é que 30 crianças realizem cirurgias de alongamento de tendão e retirada de cistos . “Após avaliarmos o impacto das cirurgias de joelho, planejaremos novos mutirões para outras áreas, sempre buscando atender à demanda da forma mais eficaz possível”, conclui Monteiro.
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