SAÚDE
O que acontece quando bebês crescem sem açúcar? Estudo responde
Período investigado coincide com o racionamento de açúcar no governo britânico entre 1942 e 1953

Por Isabela Cardoso

Um estudo publicado na revista The BMJ indica que limitar o consumo de açúcar na gravidez e nos primeiros mil dias de vida, período que vai até cerca de 2 anos e meio, pode reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares ao longo da vida.
A pesquisa analisou cerca de 63 mil britânicos nascidos no início da década de 1950. Crianças que cresceram sem acesso ao açúcar apresentaram menor probabilidade de sofrer ataques cardíacos (-25%), insuficiência cardíaca (-26%), arritmias (-24%) e AVC (-31%) ao envelhecer.
O período investigado coincide com o racionamento de açúcar adotado pelo governo britânico entre 1942 e 1953, durante a guerra. Com a comparação entre quem cresceu sob essa restrição e quem teve acesso ao alimento, os cientistas identificaram diferença relevante na saúde cardiovascular ao longo das décadas.
Por que o açúcar influencia o coração?
Os primeiros mil dias de vida são decisivos para o desenvolvimento dos órgãos e para a formação dos sistemas biológicos. Sem o consumo precoce de açúcar, associado a doenças como diabetes e obesidade, o organismo tende a consolidar bases metabólicas mais saudáveis.
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Recomendações internacionais já orientam a limitar açúcar na gestação e na primeira infância. A nova evidência reforça a importância desse cuidado para prevenir doenças crônicas e proteger o coração desde cedo.
Os pesquisadores defendem que novos estudos investiguem dietas individualizadas e avaliem a interação entre genética, ambiente e estilo de vida. O objetivo é avançar em estratégias de prevenção mais precisas e personalizadas para a saúde cardiovascular.
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