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OMS dá novos nomes às variantes do vírus da Varíola dos Macacos

OMS também discute a possibilidade de modificar o próprio nome “varíola dos macacos”

Publicado sexta-feira, 12 de agosto de 2022 às 17:38 h | Autor: Da Redação
Nomenclatura é definida por “clados”, grupo de organismos originários de um único ancestral comum
Nomenclatura é definida por “clados”, grupo de organismos originários de um único ancestral comum -

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou os novos nomes das variantes do vírus da varíola dos macacos (monkeypox), nesta sexta-feira, 12. A nomenclatura é definida por “clados”, termo da biologia que define um grupo de organismos originários de um único ancestral comum exclusivo.

O tipo mais letal do vírus, que vem da Bacia do Congo, na África Central, será conhecido como clado I (um). Já a variante que está circulando no Brasil, vinda da África Ocidental, será o clado II (dois). 

Os especialistas também definiram que o clado II tem dois subclados: o clado IIa e clado IIb. Os demais nomes das linhagens vão ser propostos à medida que o surto da doença evoluir.

A OMS também discute a possibilidade de modificar o próprio nome “varíola dos macacos” para evitar preconceito contra os pacientes infectados, além de maus tratos contra os animais.

Em nota, a entidade lembrou que o vírus foi nomeado após ser descoberto, em 1958, assim como a própria doença, ou seja, antes que as práticas atuais de nomeação de doenças e vírus fossem adotadas. Na época, as variantes eram definidas pelas regiões geográficas onde havia circulação.

No entanto, a prática atual estipula que vírus recém-identificados, doenças relacionadas e variantes de vírus recebam nomes com o objetivo de evitar ofender qualquer grupo cultural, social, nacional, regional, profissional ou étnico e minimizar qualquer impacto negativo no comércio, viagens, turismo ou bem-estar animal.

No Brasil, a desinformação envolvendo o nome da doença culminou em casos de maus tratos contra os animais. Na última semana, quatro saguis-de-tufos-pretos e um filhote de macaco-prego foram encontrados mortos em São José do Rio Preto, São Paulo, com sinais de intoxicação. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou a situação e reafirmou que os surtos atuais acontecem pela transmissão entre humanos.

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