ESTUDO
Pequenas doses de álcool aumentam risco de sangramento cerebral
Pesquisa aponta que o consumo frequente de bebidas alcoólicas pode antecipar hemorragias cerebrais

Por Isabela Cardoso

Um novo estudo publicado na revista Neurology revelou que beber álcool regularmente, mesmo em quantidades consideradas pequenas, aumenta o risco de sangramento cerebral e acelera o aparecimento de hemorragias graves.
A pesquisa, conduzida por especialistas do Hospital Geral de Massachusetts, mostra que o consumo frequente de bebidas alcoólicas danifica os vasos sanguíneos do cérebro, favorecendo acidentes vasculares hemorrágicos (AVHs).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool está relacionado a 2,6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, o que reforça a gravidade do problema de saúde pública.
Como o álcool afeta o cérebro
Os pesquisadores identificaram que o álcool enfraquece as paredes dos vasos sanguíneos, tornando-os mais suscetíveis a rompimentos. Esse efeito é agravado pelo aumento da pressão arterial e pela redução da coagulação sanguínea, fatores que contribuem para sangramentos cerebrais intensos e precoces.
Pessoas com consumo excessivo de álcool costumam apresentar hemorragias em idade mais jovem e com maior comprometimento das regiões profundas do cérebro, áreas associadas à memória e à coordenação motora.
Principais riscos do consumo de álcool
Além de antecipar acidentes hemorrágicos, o uso contínuo de álcool está ligado a uma série de problemas neurológicos e cardiovasculares.
Entre os principais riscos estão:
- Envelhecimento precoce do cérebro
- Maior probabilidade de demência e perda de memória
- Comprometimento da coagulação sanguínea
- Pressão arterial elevada e danos aos vasos cerebrais
- Sangramento cerebral mais intenso e precoce
Esses efeitos tornam o álcool um dos principais fatores de risco evitáveis para doenças neurológicas graves, segundo a OMS.
Hemorragia cerebral: o perigo que cresce em silêncio
A hemorragia cerebral ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe dentro do cérebro, provocando acúmulo de sangue e destruição de tecidos nervosos.
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O quadro é grave e pode causar paralisia, perda de fala, convulsões e, em muitos casos, morte súbita.
O estudo reforça que quanto maior o consumo de álcool, mais cedo esses episódios tendem a acontecer, mesmo em pessoas sem histórico familiar ou outras doenças pré-existentes.
Como reduzir os danos do álcool e proteger o cérebro
Especialistas recomendam reduzir drasticamente o consumo de bebidas alcoólicas, ou preferencialmente cessar o uso, como principal medida de prevenção.
Limitar a ingestão a três doses por semana já representa um passo importante para preservar a saúde do cérebro e do coração.
Além disso, manter hábitos saudáveis, como praticar exercícios, dormir bem e controlar a pressão arterial, ajuda a diminuir o impacto do álcool no sistema nervoso e no sistema circulatório.
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