SAÚDE
Regulados? OMS cobra medidas para cigarros eletrônicos
Organização ainda afirma que produtos visam jovens e cobra países sobre regulamentações

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta nesta segunda-feira, 17, sobre os cigarros eletrônicos e outros produtos à base de nicotina, que vem apresentando um crescimento nas vendas entre os jovens no mundo todo.
A entidade alertou aos países que os mesmo criem regulamentos claros para limitar o acesso à esses produtos e reduzir a dependência dos mesmos, principalmente em um momento em que a indústria visa novos mercados de atuação.
Durante a abertura da 11ª Conferência da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), em Genebra, na Suíça, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que escolas vem se tornando um dos principais pontos de entrada desses produtos.
Ainda de acordo com o diretor da OMS, as empresas vêem as crianças e os adolescentes como um público estratégico para aumentar suas vendas.
Jovens são principal alvo
Dados apresentados pela OMS apontam que o consumo de tabaco entre os jovens caiu cerca de um terço nas últimas duas décadas. Para a organização, essa tendência levou fabricantes a investir em uma indústria como:
- cigarros eletrônicos descartáveis;
- bolsas de nicotina;
- produtos aquecidos.
Porém, a entidade afirma que essas estratégias reforçam essa dependência e criam novos ciclos.
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Uma estimativa foi levantada e apontou que ao menos 15 milhões de adolescentes de 13 a 15 anos fazem uso de cigarros eletrônicos anualmente. O diretor geral ainda enfatizou que não existem benefícios comprovados sobre o uso desses dispositivos.
Ainda durante o encontro, a OMS afirmou que 180 países participaram desta convenção para evitar que mais pessoas desenvolvam uma dependência de nicotina, além de blindar as políticas públicas das narrativas de redução de risco usadas pela indústria do tabaco.
Recomendações
A organização ainda recomendou que todos os países adotem regulações para os cigarros eletrônicos, tabaco aquecido e outras formas de nicotina que, no mínimo, igualem o rigor aplicado ao cigarro normal.
A entidade avalia que ações coordenadas podem conter o avanço desses dispositivos e evitar que novas gerações se tornem dependentes.
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