SAÚDE
Uso de adoçante pode acelerar declínio cognitivo, aponta estudo
Entre os efeitos colaterais estão a perda da fala

Por Redação

Um estudo publicado na revista científica Neurology na quarta-feira, 3, aponta que o uso de adoçantes pode acelerar o declínio cognitivo em adultos. O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o estudo, o uso do adoçante aumenta os sinais da demência em até 62%, com forte impacto na fala. A pesquisa acompanhou 12.772 servidores públicos brasileiros pelo período de oito anos.
Os cientistas observaram neles o nível de consumo de sete adoçantes de baixa ou nenhuma caloria e a da perda de funções cognitivas. Os resultados mostraram que o grupo de participantes com maior consumo apresentou uma taxa 62% maior declínio cognitivo global e 173% maior de declínio da fluência verbal. O efeito foi observado principalmente em pessoas com menos de 60 anos.
Entre os artificiais, os mais comuns são aspartame, sucralose e sacarina, conhecidos por serem intensamente doces e sem calorias;
A pesquisa utilizou dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, iniciado em 2008. Os participantes tinham 35 anos ou mais e responderam questionários sobre alimentação, além de realizar testes de memória e raciocínio.
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A análise observou dados como idade, sexo, renda, estilo de vida e condições clínicas, incluindo diabetes. O consumo médio de adoçantes relatado foi de 92 mg por dia. Os voluntários foram divididos em três grupos, de alto consumo, médio e baixo. O consumo médio também teve alta na manifestação do declínio cognitivo geral de 35% quando comparado com o uso baixo das substâncias.
Apesar das evidências, os autores da pesquisa pontuaram que se trata de um estudo observacional. Isso significa que não é possível afirmar causa direta, mas apenas uma associação estatística robusta.
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