SOLUÇÃO
'Viagra eletrônico' é ativado com controle remoto e tem marcapasso
Pesquisador desenvolve equipamento discreto para solução da disfunção erétil
Por Da Redação
Estima-se que 150 milhões de homens no mundo têm dificuldade de ter uma ereção. Na busca de soluções para o problema, um pesquisador brasileiro desenvolveu um equipamento eletrônico na Suiça que promete ser uma "luz" para a disfunção erétil.
O pesquisador Rodrigo Araújo passou mais de dez anos pesquisando o assunto e desenvolveu um equipamento discreto chamado CaverSTIM, o "viagra eletrônico". Ele funciona como se fosse um marcapasso e é um neurotransmissor em que os eletrodos são implantados por meio de cirurgia na região pélvica. Ao ser acionado o controle remoto, o estimulador entrega estímulos nos nervos que causam a ereção.
Todo o funcionamento é interno. Ou seja, não há nada aparente que possa expor a pessoa que sofre com a doença.
Segundo a pesquisa, os estímulos são enviados a partir do acionamento por controle remoto. Quando ele é ativado, os eletrodos começam a enviar estímulos - cumprindo o papel dos nervos que não funcionam na disfunção erétil. Com isso, a pessoa tem a ereção.
Apesar de precisar ativar, o que os pesquisadores reforçam é que a ativação é discreta. É possível deixar o controle na mesa de cabeceira, por exemplo, mesmo local onde guarda camisinhas, e ativar discretamente enquanto pega um preservativo.
Leia mais
>>> A sua tá na lista? Veja cidades com melhor qualidade de vida da Bahia
>>> Quem mandou matar Kelly Cylone? Morte da 'Dama do Pó' completa 13 anos
>>> VLT de Salvador terá velocidade máxima de 50 km/h; saiba detalhes
Usado como terapia e solução
Atualmente, o "viagra eletrônico" está em fase de testes com pessoas que tiveram que retirar a próstata. Na cirurgia, geralmente os nervos são lesionados e, com o tempo, podem parar de enviar os estímulos fazendo com o que o paciente tenha a disfunção erétil.
Neste caso, o equipamento é usado como terapia. O paciente passa a dar "cargas" de estímulo acionando o botão. Tudo é feito com acompanhamento médico. Depois de alguns meses, ele consegue voltar à rotina normal.
Os pesquisadores dizem que 12 pacientes nesta condição receberam o dispositivo e conseguiram voltar à vida sexual sem precisar acionar o "viagra eletrônico" por controle remoto. Ou seja, tiveram uma ereção como antes.
"Esse resultado é muito inovador. Essa é uma doença que com a cirurgia salva o paciente, mas com o medo de não terem a vida sexual ativa eles vão adiando até que o câncer toma proporções maiores. Se os resultados seguiram como estão, temos uma mudança importante", explica Rodrigo Araújo.
Fase de testes
O produto está na fase de testes, sendo usado por pacientes nos Estados Unidos, Austrália e Brasil. Atualmente, 12 pacientes receberam o dispositivo e estão com ele há pelo menos seis meses.
Segundo os pesquisadores, não houve efeito colateral e a fase inicial foi considerada um sucesso. A próxima etapa é expandir o teste para 150 homens. A expectativa é de que ele seja apresentado aos órgãos reguladores para ir ao mercado até 2027.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes