Globo vira alvo: atores acusam emissora de traição, assédio e boicote

Nem todos os finais de contratos na TV são pacíficos. Sonho de muitos artistas, a Globo também já foi sinônimo de pesadelo para alguns veteranos. Alguns dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira romperam laços com a emissora de forma conturbada, seja por divergências políticas, processos judiciais ou acusações graves. Confira 8 histórias de ex-globais que saíram da empresa de forma traumática e acusam de traição, assédio e boicote:

Regina Duarte

Regina Duarte, ex-namoradinha do Brasil, viu a classe artística se afastar dela após assumir publicamente posições ideológicas conservadoras. Ela, no entanto, demonstra não se importar:

"Se a classe não quer ficar comigo, problema dela. Estou superbem acompanhada por quem compartilha dos meus valores: família, religião, raízes", declarou.

José Mayer

Após uma denúncia de assédio sexual feita por uma figurinista, José Mayer, símbolo de galãs da emissora, teve o contrato encerrado. Tentativas de retorno, apoiadas por autores como Aguinaldo Silva, foram barradas pela direção da Globo. Revoltado e isolado, Mayer atacou a antiga casa: chamou a empresa de “nefasta” e exigiu o pagamento de direitos por reprises de novelas.

Maitê Proença

Maitê Proença, estrela de grandes produções, também não teve o vínculo renovado e processou a emissora por direitos trabalhistas. Depois, soltou o verbo: denunciou assédio, relatou o "teste do sofá" e criticou a falsidade nos bastidores.

"A Globo não é um lugar para quem é de verdade", disparou ela na época.

Ana Paula Arósio

O sumiço de Ana Paula Arósio também deixou cicatrizes. Depois de ser escalada para Insensato Coração (2011), a atriz simplesmente desapareceu das gravações, rompendo o contrato. A Globo, sem alternativa, substituiu-a às pressas por Paolla Oliveira. Desde então, Ana Paula abandonou a TV.

Carolina Ferraz

Já Carolina Ferraz enfrentou a emissora na Justiça após ser demitida. Acusou a Globo de mascarar um vínculo empregatício sob o formato de contratação como pessoa jurídica. O processo arrastou-se por anos até 2024, quando o STF deu vitória à Globo, rejeitando a reclamação da atriz.

Sônia Braga

Sônia Braga processou a Globo em 2014, cobrando direitos pela reexibição de Dancin’ Days no Canal Viva. Perdeu a ação, mas deixou registrada a insatisfação com a empresa que a projetou como musa da televisão.

Pedro Cardoso

Pedro Cardoso, o eterno Agostinho Carrara de A Grande Família, também não esconde o ressentimento. Segundo ele, sua posição política crítica fez da Globo um lugar proibido para si:

“Para comparecer aos programas da Globo tem que ser ideologicamente submisso”, disse ele, ao Uol.

Marcius Melhem

O humorista Marcius Melhem foi demitido da Globo em um contexto completamente polêmico. Ele, que era diretor de Humor na emissora, virou réu por assédio sexual contra três mulheres, com quem trabalhava.

Uma das denunciantes mais conhecidas foi a também humorista Dani Calabresa. No entanto, o caso foi arquivado por prescrição punitiva dos fatos. Os casos de outras quatro mulheres que o acusaram também foram descartados, pelo mesmo motivo.