TELEVISÃO
Relembre a trajetória do apresentador e locutor Cid Moreira
Jornalista morreu nesta quinta-feira, 3, aos 97 anos
Por Victoria Isabel

Uma das vozes mais emblemáticas do Brasil, Cid Moreira, morreu nesta quinta-feira, 3, aos 97 anos. O jornalista nasceu em 29 de setembro de 1927, em Taubaté, São Paulo. Ele se destacou como apresentador do "Jornal Nacional" durante impressionantes 27 anos, consolidando-se como o âncora que mais tempo permaneceu à frente de um único telejornal.
Sua voz grave e marcante também alcançou sucesso fora da televisão, especialmente a partir de 1998, quando seus discos e vídeos narrando passagens da Bíblia venderam mais de 30 milhões de cópias.
A carreira de Cid Moreira começou cedo, aos 17 anos, em 1944, quando começou a trabalhar como locutor na Rádio Difusora Taubaté. Seu talento para imitações o fez se destacar em festas, o que chamou a atenção de seu pai, diretor da rádio, que o convidou para um teste de locução. Assim, ele começou a gravar comerciais e a construir sua trajetória.
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Em 1951, Cid se transferiu para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga, permanecendo até 1956. Nesse período, iniciou suas experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas como "Além da Imaginação" e "Noite de Gala" na TV Rio. Sua estreia como locutor de noticiários ocorreu em 1963, na equipe do "Jornal de Vanguarda".
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Em 1969, Cid Moreira apresentou a estreia do "Jornal Nacional" na Rede Globo, cargo que ocupou até 1996. Ele era responsável por encerrar as edições do telejornal com a célebre frase: "É o Brasil ao vivo aí na sua casa. Boa noite". No início, dividiu a bancada com Hilton Gomes e, a partir de 1971, formou uma icônica parceria com Sérgio Chapelin, que durou mais de uma década.
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Além de seu trabalho no "Jornal Nacional", Cid foi escalado para locuções de reportagens especiais do "Fantástico", programa que participou desde sua estreia. Em 1999, ele passou a apresentar o programa, anunciando as atrações que seriam exibidas.
Na década de 1990, Cid Moreira começou a gravar salmos bíblicos e, em 2011, atingiu seu objetivo de gravar a Bíblia na íntegra. Seus CDs de narração bíblica tornaram-se um fenômeno, com milhões de cópias vendidas.
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Em março de 2010, foi publicada a biografia "Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil", escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira. O livro reúne depoimentos de jornalistas, amigos e familiares, celebrando a carreira de um dos maiores ícones da comunicação brasileira.
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