TURISMO
Maior ferrovia do mundo atravessa continentes em sete dias de viagem
Ferrovia Transiberiana cruza oito fusos horários e é considerada um elo vital

Por Luiz Almeida

A Ferrovia Transiberiana detém o título de linha ferroviária contínua mais longa do mundo. Com uma extensão colossal de cerca de 9.289 km, ela se estende de Moscou ao Extremo Oriente russo, em Vladivostok, atravessa oito fusos horários e pode levar até sete dias para ser percorrida de ponta a ponta.
Concluída em 1916, a Transiberiana é muito mais do que uma via de transporte; é um monumento histórico e um elo crucial que conecta a Europa à Ásia. A partir de sua rota principal, ramificações seguem para destinos como Mongólia, China e até Coreia do Norte.
Desafios da rota
A ferrovia teve um papel estratégico durante grandes conflitos, sendo utilizada tanto pelas tropas alemãs quanto por judeus em fuga da Europa durante a Segunda Guerra Mundial.
Por atravessar o maior país do planeta, a Transiberiana cruza múltiplos climas e paisagens – de áreas densamente povoadas a zonas remotas e inóspitas. O trecho da Sibéria, antes isolado, foi amplamente explorado, habitado e industrializado após a construção da ferrovia, o que demonstra sua importância.
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Para a Rússia, a Transiberiana é a espinha dorsal de sua rede ferroviária, respondendo por cerca de 30% das exportações do país e sendo fundamental para o transporte de cargas e viagens domésticas.
Além disso, atrai cerca de 200 mil passageiros por ano, consolidando-se como um dos trajetos mais famosos do mundo.
Tecnologia contra o inverno russo
A manutenção dessa ferrovia gigantesca é um desafio constante, especialmente devido ao rigoroso inverno russo e aos fenômenos de geada e degelo.
Para garantir a estabilidade dos trilhos, a Rússia investe em tecnologias como:
- Isolantes térmicos e geossintéticos: Usados para proteger o solo dos impactos extremos do clima.
- Monitoramento avançado: Drones são utilizados para inspecionar pontes e estruturas críticas, reduzindo a necessidade de interromper o tráfego.
- Prevenção de neve: Cercas de contenção e barreiras naturais, incluindo reflorestamento estratégico, são usadas para evitar o acúmulo de neve sobre os trilhos.
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