MAGIA!
Luiz Caldas relembra antigos carnavais e canta clássicos de 40 anos da axé music
Ao Portal A TARDE, o cantor ressaltou a importância da música baiana para o Brasil e opinou sobre a “crise”
Por Luiz Almeida
“Magia, mente de marfim, pele de cetim…”. Foi com a introdução do seu clássico “Magia” que Luiz Caldas abriu o show histórico neste domingo, 19, para comemorar os 40 anos do disco que marca o início da axé music.
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Com um sucesso atrás do outro, o veterano da música baiana fez o público dançar muito. Um dos hits que mais animou os presentes no Museu de Arte Moderna da Bahia foi “Tieta”, mas “Haja Amor”, “O Que é Que Essa Nega Quer?” e “Fricote” fizeram muitos lembrarem dos antigos carnavais, como a empresária Lurdes de Sá. “Ele começou tudo isso que conhecemos e amamos. Ele é a cara do Carnaval e tem muitos sucessos que ficaram eternizados”, garantiu.
“Ele é fera. Acompanho o Luiz Caldas desde pequeno. Já dancei muito suas músicas. Luiz Caldas precisa ser mais lembrado e enaltecido por todos que fazem parte do Carnaval”, disse Antonio Souza, de 62 anos, que levou a família para curtir o show.
Dando uma “prévia” do próximo Carnaval, Luiz Caldas lembrou clássicos de outros artistas, como Margareth Menezes, Saulo Fernandes, Bell Marques e Durval Lelys. Durante a apresentação, ele ressaltou a importância da axé music para o Brasil e mostrou a força da guitarra elétrica para o gênero.
Em entrevista ao Portal A TARDE, o anfitrião da festa confessou toda a sua alegria pelo ano de comemorações: 40 anos da axé music, 55 de seu trabalho como músico e 62 anos de vida, comemorados neste domingo.
“Isso é maravilhoso porque é a longevidade, não só a nossa vida, mas também a carreira. Tudo isso envolve muitas coisas, muitos altos, muitos baixos, onde você tem que saber como segurar a onda, se portar, porque nem tudo é sucesso o tempo todo; a vida é cíclica”, declarou.
O cantor fez questão de ressaltar que a axé music é um movimento que carrega consigo muitos gêneros. Questionado sobre como a música baiana pode seguir viva, ele pontuou: “Só viver e passar pelos momentos. Os momentos existem justamente pra gente ir transformando. Eu não saberia dizer nada, não poderia nem dar uma opinião sobre o futuro, porque eu nunca acertei nem no meu futuro”.
Luiz Caldas discordou da ideia de que o movimento está perdendo força: “Eu vejo o cenário como natural. A Bahia está sempre produzindo músicas dançantes, músicas boas pra pensar. Está sempre sendo o primeiro lugar em movimentos, iniciando coisas legais e tanta gente bonita fazendo som legal.” O artista fez questão de citar Saulo e BaianaSystem como representantes fortes da atual geração.
Em entrevista ao Portal A TARDE, ele ainda comentou sobre a criação do Dia da Axé Music, que segue em discussão na Câmara dos Deputados. “Representa mais uma data que a gente pode comemorar um estilo de música que, de certa forma, mudou o cenário comercial do estado da Bahia e também a visão que o mundo tem musicalmente sobre a Bahia”, opinou.
“Para mim, é muito legal poder participar de uma coisa que se torna, sou o precursor de um movimento onde vários artistas estão aparecendo, apareceram… uns continuaram, outros não chegaram. Então, eu só posso dizer que sou um cara feliz por ser o dono do disco Magia, que é o marco zero da axé music”, completou.
Veja um trecho do show
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