EDIÇÃO ESPECIAL
“Não é apropriação”, diz produtora sobre Samba de São Lázaro no Pelô
Edição especial do evento aconteceu neste sábado, 4, no Largo da Tieta
Por Edvaldo Sales
Suspenso desde o dia 23 de novembro de 2024 por reclamação de moradores devido ao nível elevado do som, o Samba de São Lázaro, que acontecia no bairro da Federação, em Salvador, está no centro de um imbróglio que parece estar longe de chegar ao fim. Um ofício com a queixa devido ao barulho foi protocolado pelo vereador Duda Sanches (União Brasil). E o evento-teste que estava marcado para acontecer no dia 6 de dezembro não aconteceu devido a um impasse com o horário, que se estende até os dias atuais.
Para não deixar os soteropolitanos sem o evento, uma edição especial do samba foi pensada e aconteceu neste sábado, 4, no Largo da Tieta, no Pelourinho, de 19h a 00h. Segunda Débora Araújo, produtora do espaço, eles foram procurados pela banda Oz Favoritos, que se aparentavam na festa que acontecia em frente à Igreja de São Lázaro.
“A gente tem acompanhado muito sobre o Samba de São Lázaro, as questões todas que envolvem a localização, por ser em um bairro residencial e por estar incomodando algumas pessoas. Mas, por ser algo tão regional e tão relevante, muitas pessoas estavam sentidas. O pessoal da banda que toca lá nos procurou com a ideia de começar a vislumbrar opções de outros locais para não deixar essa cultura e a tradição morrer. Mesmo a gente entendendo que, obviamente, o Samba de São Lázaro, especificamente, é lá, e aqui a gente está falando de Pelourinho, são locais distintos, mas com a intenção de manter, esse samba tão característico e tão bacana”, pontuou em entrevista ao Portal A TARDE.
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Débora afirmou que achou a ideia bacana porque a produção estava procurando uma banda de samba para se apresentar no Largo da Tieta. “Pensamos em fazer sábado à tarde ou domingo, e aí eles vieram com a sugestão de fazer no sábado. Já que, mesmo que eles façam nas sextas-feiras lá, eles podem fazer o sábado aqui. Poderia ser para o mesmo público que frequenta lá ou para um novo público, e com preços super populares”, disse.
Débora seguiu: “A pessoa pode falar ‘ah, porque lá é de graça’, mas aqui a gente está falando de um evento com estrutura de um show, onde você tem posto médico, brigadista, um bar bem montado, banheiros químicos, palco, uma estrutura de iluminação, de som, luz, LED e uma área de camarote, mas trabalhando com preços populares, assim como o ingresso, que custa apenas R$ 20. A intenção é a gente trazer tanto o público de lá, quanto outras pessoas que curtam samba”.
Possibilidade de outras edições
A produtora também abordou a possibilidade de novas edições acontecerem no Largo da Tieta. “A gente vai sentir, porque a nossa intenção é, obviamente, não incomodar ninguém com isso. Temos uma programação de fazer mais um. Vamos ver a receptividade do público hoje e decidir sobre a próxima data. E aí, quem sabe, a gente consegue fazer o verão inteiro. A gente quer ver se faz quinzenalmente para que não fique tão cansativo. Mas se o pessoal gostar, a gente faz semanal também”, ressaltou.
Por fim, Débora Araújo comentou sobre as críticas que surgiram nas redes sociais sobre apropriação. “Não é uma intenção de apropriação em relação ao nome. É muito mais uma referência e uma homenagem ao que já acontece, do que utilizar disso para crescer em cima”, finalizou.
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