ARTIGOS
Faça um favor ao Vitória e a si mesmo: desapega, Carille
Jogador utilizado insistentemente pelo treinador irrita a torcida
Por Everton Santos

Todo líder tem pessoas de confiança em sua área de trabalho. Informalmente, é o chamado 'braço direito' da chefia. No futebol não é diferente. Por exemplo, na primeira convocação de Carlo Ancelotti como técnico do Brasil, ele trouxe Casemiro de volta, com quem ele já tinha trabalhado no Real Madrid. O volante do United não vinha sendo convocado por Dorival Jr.
No Vitória, os últimos treinadores parecem ter um amor platônico e confiar em jogadores que irritam a torcida. Falarei disso mais adiante, pois a bola da vez é Fábio Carille e Lucas Braga.
Tudo bem, vai lá. Eu entendo que Carille chegou há pouco tempo e ainda está conhecendo o elenco. São quatro jogos em menos de duas semanas. Apesar disso, já deu para ele entender que precisa deixar o atleta no banco nos próximos jogos.
Carille e Braga trabalharam juntos entre 2021 e 2022, no Santos, com o ponta sendo titular em 22 dos 25 jogos que o treinador comandou o clube, com médias "incríveis" de um gol e uma assistência.

Investimento milionário
Desde quando Carille estreou na partida contra o Inter até o duelo contra o Sport, Braga foi titular em todos os jogos, causando dor e sofrimento ao torcedor do Leão, que viu o time desembolsar R$ 5 milhões por ele.
Seja na parte defensiva ou no ataque, o ex-santista apresenta falhas que comprometem o desempenho do time. Não à toa, já saiu vaiado no duelo contra o Bragantino. Ato que se repetiu contra o time pernambucano.
Para corroborar o fato de que o camisa 22 não pode mais ser titular, Felipe Cardoso, aquele mesmo que estava esquecido por Carpini, entrou no jogo contra o Sport e, pasmem, conseguiu ter uma produção melhor do que Lucas Braga.
Leia Também:
Volantes de repartição pública
Outro ponto que voltou a irritar o torcedor foi a utilização de Willian Oliveira como titular. Ao ser perguntado se Ronald estaria com desgaste físico, Carille não confirmou se esse foi o motivo para o volante começar o duelo no banco de reservas.
Convenhamos, Oliveira e Ricardo Ryller parecem volantes de repartição pública, pois são extremamente burocráticos. Exatamente o oposto da dupla Baralhas e Ronald. Que são jogadores que jogam pra frente.
A transição para o ataque com Oliveira é extremamente lenta. Em vez de progredir para o campo de ataque, ele prefere passes curtos e para trás.
Relembrar é viver
Sabe o que Carille tem em comum com Léo Condé e Carpini? A insistência em jogadores que irritam a torcida e minam trabalhos. Com Léo Condé, quem irritava o torcedor era Zeca. O lateral acumulava falhas defensivas. Apesar disso, estava constantemente entre os 11 iniciais. Já Carpini insistia em utilizar Janderson e o próprio Willian Oliveira.
O Vitória acumula eliminações precoces na Sul-Americana, Nordestão e Copa do Brasil. A culpa é de Carille? Não. Mas quando ele assumiu sabia que estaria pegando um time pressionado e uma torcida com pouca paciência.
Faça um favor a si mesmo, Carille, desapegue. Se ajude, me ajude, nos ajude.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes