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Após homenagem, familiares de Cristal Pacheco planejam ato na segunda
Família pede o fim de audiência de custódia e a prisão das mulheres envolvidas no crime
A manhã desta quarta-feira, 3, foi marcada por homenagens a jovem Cristal Rodrigues Pacheco, morta aos 15 anos após ser baleada no peito durante uma tentativa de assalto no Campo Grande, em Salvador na terça-feira, 2. Familiares, amigos, colegas e pessoas que se solidarizaram com a tristeza que vive a família percorreram as ruas do Centro da capital baiana, região em que o crime aconteceu, com gritos de ordem em memória da jovem.
A manifestação contou com estudantes do Colégio das Mercês, onde a vítima estudava e para onde se dirigia no momento do crime. Com cartazes e gritos de justiça, os jovens homenagearam a colega e pediram ações públicas para evitar que casos do tipo se reproduzam.
‘‘O clima aqui é de tristeza, muita tristeza. O ato desta quarta-feira não foi muito planejado, se caracterizou mais como uma homenagem por parte de pais e alunos do colégio, que se solidarizaram", contou ao Portal A TARDE, Fábio Nascimento, amigo da família há mais de 10 anos.
Com críticas ao sistema jurídico brasileiro, os familiares pretendem fazer um ato maior e mais organizado na próxima segunda-feira, 8, para cobrar Justiça. "Na próxima segunda-feira, sétimo dia do crime, um novo ato será realizado. O objetivo não é politizar o caso, mas pedir o fim da audiência de custódia pela ameaça que ela representa’’, acrescentou Fábio.
Durante a entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, Fábio estava na casa dos pais de Cristal e revelou que a família irá à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta quarta para receber mais atualizações do caso. Uma suspeita já foi presa pelo crime, mas negou ter disparado contra a jovem. A sua comparsa segue foragida e procurada pela polícia.
No crime, Cristal estava acompanhada da mãe e da sua irmã de 12 anos. A caçula presenciou todo o crime e ficou em estado de choque. A criança não estava na casa com a família e foi levada para outro lugar a fim de ser protegida e preservada de toda a repercussão do caso.
O crime
Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, foi morta após ser baleada na manhã desta terça, após ser abordada por duas mulheres armadas em uma tentativa de assalto. O crime aconteceu em frente ao Passeio Público, no Campo Grande. A jovem estava na companhia da mãe e de uma irmã de 12 anos.
As duas mulheres abordaram a família e anunciaram o assalto. Uma delas estaria com uma pistola e disparou contra a adolescente, que foi atingida no peito, não resistiu ao ferimento e morreu no local. A mãe e a irmã das vítimas não sofreram ferimentos.
A adolescente era moradora do Corredor da Vitória e estava a caminho do Colégio das Mercês, onde estudava. A instituição de ensino e o Comando Geral da Polícia Militar ficam próximos ao local do crime.
O corpo de Cristal foi sepultado ainda na tarde de terça-feira, no Cemitério do Campo Santo, no bairro da Federação.
Ainda na terça, uma das suspeitas de envolvimento na morte da estudante, uma mulher de prenome Mara, foi foi localizada e presa em um beco, dentro de uma construção abandonada em uma invasão, na localidade Alto de Coutos, no Subúrbio Ferroviário. No início da tarde, uma outra mulher foi ouvida pela polícia. Ela negou participação no crime e foi liberada em seguida.
Em coletiva na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para onde ela foi conduzida, a delegada responsável pelo caso afirmou que a suspeita negou ter sido a responsável por atirar em Cristal.
A polícia segue em busca da segunda envolvida no crime, que também já foi identificada e qualificada. As buscas contam com equipes do DHPP, do Depom, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP).
