SEM VACILOS
Atenção nas regras é lema de quem realiza o Enem 2022
Descumprir normas é critério para eliminação imediata do candidato
Por Rodrigo Tardio
Camile Victória, de 18 anos, chegou cedo na Universidade Estácio de Sá, no bairro do Stiep, em Salvador. Faltavam duas horas e meia para a abertura dos portões do local onde iria, pelo segundo ano consecutivo, realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na tarde deste domingo, 13. Em 2021, a estudante não conseguiu realizar o sonho de ingressar em uma universidade.
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"Estava fazendo a prova e meu celular tocou. Foi horrível, pois naquele momento fui eliminada. Este ano eu nem trouxe o celular para não correr riscos", contou.
Priscila Queiroz, 17 anos, embora tenha confessado não ter estudado o suficiente, disse estar confiante. "A gente não pode perder a confiança. Agora é desligar o celular e fazer uma boa prova para não ser eliminada igual a minha amiga Camile", relembrou.
Já Luan Santos, também de 17 anos, demonstrava mais confiança e disse estar preparado e de olho nas regras para não ver atrasar o sonho de ingressar no curso de Medicina.
"No momento, estou fazendo um curso técnico, e se tudo der certo neste exame, vou ingressar em Medicina", afirmou.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 começou a ser aplicado neste domingo em todo o Brasil, tanto de forma impressa quanto digital. Mais de 3 milhões de candidatos participam do exame, que é a principal forma de ingresso no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Dos mais de 3 milhões de candidatos, 527.097 estão em São Paulo, 301.350 em Minas Gerais e 260.331 na Bahia). Pelo menos 61% dos candidatos inscritos são mulheres e 54,8% são de pessoas negras, soma de pretos e pardos.
A novidade deste ano é a aceitação dos documentos digitais com foto do e-Título, CNH digital e RG digital, que precisam ser apresentados nos aplicativos oficiais.
Em outro ponto da cidade, no Colégio Central da Bahia, em Nazaré, não poderia faltar o tradicional atraso dos candidatos. Foi o caso da estudante Fernanda Félix. Moradora do bairro de São Caetano, ela perdeu o horário da prova e a chance de conseguir uma vaga no curso de Direito.
Muda o endereço, mas a situação se repete. No Colégio Estadual Thales de Azevedo, localizado no Costa Azul, Maurício Santos, 57 anos, chegou com 10 minutos de atraso e adiou o sonho de tentar reingressar no curso de Economia.
"Saí de Paripe às 11h e esperava chegar às 13h aqui no Costa Azul. Agora é ficar mais atento às regras e tentar ano que vem", lamentou.
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