RODOVIÁRIOS
Integra nega denúncia de assédio e rebate sindicato: "Mentira maluca"
Diretor da empresa classificou como 'jogo político' criado pelos trabalhadores rodoviários
Por Alex Torres
Após as denúncias por parte do Sindicato dos Rodoviários de assédio moral cometido por parte da diretoria da OTtrans, o diretor de Relações Institucionais da Integra, Jorge Castro, rebateu as acusações feitas por parte dos trabalhadadores da categoria e considerou a movimentação como "jogo político".
Em entrevista exclusiva concedida ao Portal A TARDE, Castro classificou a denúncia de assédio moral por parte dos rodoviários como um "factóide criado em ano político". Ele ainda reforçou a eficácia do sistema de denúncias anônimas que existe dentro da empresa como ferramenta para proteger os funcionários.
"Dentro da própria empresa, nós temos um sistema de denúncia anônima muito forte. Outra coisa, como é um ano político, o sindicato fica criando factóides. Essa história de assédio coletivo sem fazer uma demonstração clara de quem ou como assediou é palavra solta no ar", disparou.
Mais cedo, também em entrevista ao Portal A TARDE, o presidente em exercício do sindicato Fábio Primo direcionou os 'canhões' a um diretor operacional da OTtrans. Para Castro, a situação cria um "constrangimento para as negociações".
"Dizem que é um diretor operacional, mas contra quem? Eu preciso ter esse detalhe, se eu não tenho esse detalhe passa a ser um factóide, vira um jogo político, porque um gosta ou deixa de gostar do cara. Como estamos diante dessa cena dantesca, cria-se esse factóide dizendo que o cara pratica assédio moral, criando um constrangimento para a negociação. Alguém tem que fazer esse papel de defensor dos fracos e oprimidos", completou o diretor.
Durante a entrevista com Fábio Primo, o sindicalista reforçou todas as pautas que estão sendo pleiteadas pela categoria e garantiu que, entre as prioridades inegociáveis, está essa questão do assédio moral sofrido pelos trabalhadores.
O presidente em exercício do sindicato chegou a afirmar ao A TARDE, inclusive, que mesmo que trabalhadores em empresários cheguem em um denominador comum com relação a campanha salaria, novas paralisações podem voltar a acontecer caso não haja resolutividade sobre a pauta de assédio.
"Isso aí é mais uma mentira maluca. Já pensou você dizer que a pessoa aceita o acordo, fecha o acordo, mas vai continuar a greve? A pessoa está jogando palavras soltas no ar. Imagina assinar um acordo e continuar a paralisação por causa de um susposto assédio moral. Não tem racionalidade nenhuma isso. Isso é coisa de maluco. Tem coisas que não bate. Eles querem fazer um jogo político, colocando duas coisas que são muito pesadas como 'saúde mental' e 'assédio moral'. Uma pena que seja colocado dessa forma", finalizou Jorge Castro.
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