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Venda de fogos é intensa a três dias do São João

Publicado sexta-feira, 20 de junho de 2008 às 17:05 h | Atualizado em 20/06/2008, 17:06 | Autor: Kleyzer Seixas, do A Tarde On Line

Faltando apenas três dias para o São João, a procura por fogos é grande na capital baiana, tanto na Feira de Fogos localizada na Avenida Paralela quanto nas bancas espalhadas por vários locais da cidade que comercializam os produtos ilegalmente, como em São Joaquim, Liberdade, Pau Miúdo e Caixa D´Água. Na Paralela, os vendedores das barracas autorizadas não paravam de atender clientes por volta do meio-dia desta sexta-feira, 20.

O movimento na Feira foi mais intenso pela manhã e deve perdurar até segunda-feira, 23, véspera do dia em que o santo é festejado, segundo os vendedores entrevistados pela reportagem. O proprietário de uma das barracas da Paralela, Reginaldo Moraes, assim como outros comerciantes, contratou vendedores extras para dar conta da demanda, que cresce desde a quinta-feira, 19. “As vendas esquentam quando o pessoal começa a ir para o interior”, conta.

A maioria dos compradores da feira são pais em busca de fogos para seus filhos. Traques, chuvinhas e minhoquinhas são os mais procurados pelos consumidores, que, normalmente, pedem orientações sobre o uso dos fogos. O advogado Osman Bagdad é um desses clientes que sempre faz questão de ser informado sobre o tipo de produto e compra somente nas barracas da feira, autorizadas pela Polícia Civil.

Assim como Bagdad, todo o consumidor deve estar atento a algumas normas de segurança para evitar risco de queimaduras e não adquirir produtos sem qualidade. O chefe de fiscalização da Coordenadoria de Produtos Controlados da Polícia Civil (CPC), José de Oliveira Vilela Neto, alerta que as pessoas devem levar para casa somente os fogos que contenham o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) ou o registro do Exército, que é responsável pela fiscalização do fabrico.

 “Com o selo ou com o registro das Forças Armadas, nós podemos ter a garantia de que o produto está dentro das conformidades de segurança”, destaca o chefe de fiscalização da Coordenadoria, ao informar que equipes do órgão trabalham desde o mês de maio, quando começam as vendas, para coibir o comércio clandestino dos produtos por meio do Disque Denúncia (3116-6420).

Outra recomendação do CPC é que as pessoas comprem os produtos em locais autorizados. A Feira de Fogos da Avenida Paralela é o único local apropriado para o tipo de comércio. Todas as barracas respeitam as normas de segurança, como distância adequada e limite para estoque de produtos, segundo a coordenadoria. Os fogos vendidos na feira também estão dentro das normas de segurança exigidas pelo órgão.

“O consumidor deve evitar comprar em barraquinhas ou na mão de ambulantes, para garantir que não terá problemas. Infelizmente, a pirataria existe e o selo do Inmetro pode ser falsificado. Então, para não correr riscos, a melhor opção é ir à feira, local que passou por processo de avaliação de fiscais e único que está habilitado a vender esse tipo de produto”, acrescentou Vilela Neto.

Mesmo comprando em locais autorizados, as pessoas devem verificar sempre se os artefatos estão em boas condições para não obter fogos com embalagens amassadas, caixas rasgadas ou violadas. Segundo o chefe de fiscalização do CPC, prestar atenção na validade e nas instruções de segurança, além de levar em consideração se os produtos são adequados para a idade da pessoa que vai tocar os fogos, são algumas dicas importantes.

As recomendações devem ser seguidas para evitar riscos de queimaduras, que crescem no período junino devido ao maior manuseio do artefato para comemorar a passagem do São João. Em junho do ano passado, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) registrou 119 casos de queimaduras na Unidade de Queimados do Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. A maior parte das queimaduras nesse período é de menor gravidade (ferimentos que se limitam a determinadas partes do corpo).

Em casos de acidentes, o recomendável, segundo informações do diretor da Unidade de Queimados do HGE, Carlos Briglia, é procurar uma unidade médica imediatamente. “A vítima, contudo, deve tentar lavar o local apenas com água”, diz. O médico alerta ainda que não utilizem nenhum outro produto na área afetada, como pó de café ou gelo, por exemplo, como algumas pessoas costumam indicar.

Serviço

Preços variam de acordo com a marca, a quantidade e o tipo

1 -Minhoquinha R$ 1,50  (20 unidades) a  R$ 4,00 (40 unidades)
2- Borboletinha R$ 5,00 (seis unidades) a R$ 10,00 ( 20 unidades)
3- Chuvinha R$ 0,50 (seis unidades) a R$ 4,00 (20 unidades).
4- Bomba pequenas R$ 1,50 (cento) a R$ 4,00 (quatro centos)
5- Vulcão R$ 0,50 (unidade) a R$ 10,00 (seis unidades de vulcão colorido)
6- Foguetinhos R$ 0,50 a 0,70 (dúzia)
7- Foguetes R$ 6,00 (seis unidades) a 30 (dúzia de foguetes coloridos)
8- Traque de massa R$ 0,30 a 0,60 (caixa com 40 unidades)
9 -Traque de riscar R$ 0,70 a 0,90 (caixa com 40 unidades)
 
Disque denúncia para comércio ilegal - 3116-6420
As pessoas que tiverem algum tipo de queimadura podem procurar a Unidade de Queimados do Hospital Geral do Estado, na Avenida Vasco da Gama.

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