BAHIA
Delegada garante que "intercâmbio" entre facções não vai evitar prisão
Lideranças de facções já foram localizadas em ao menos cinco estados diferentes
Por Bruno Dias e Leo Moreira
A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, explicou que os criminosos que migram da Bahia para outros estados buscam, além de sair da mira da polícia, implantar uma espécie de sede do crime naquela localidade. A declaração foi dada em coletiva nesta terça-feira, 23, sobre o balanço das operações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) neste primeiro trimestre de 2024, que apontou a prisão de 35 líderes de facções em diversos estados do Brasil.
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"As polícias civis de todo o Brasil, trocam informações através das agências de inteligência e tiveram a mesma percepção. De que eles saem do seu estado natal achando que, por serem desconhecidos das polícias dos outros estados, vão ter uma certa tranquilidade e se sentem mais protegidos", afirmou a delegada.
Heloísa Brito falou ainda sobre as ações dos bandidos que transitam do sudeste do país até a região nordeste.
"Uma observação que a gente já percebeu, é de que no início indivíduos que eram do sudeste migravam para o nordeste para consolidar uma base, estabelecer aquela organização criminosa e, de igual modo, os indivíduos que são lideranças aqui vão para outros estados, com essa ilusão de que não estando na Bahia, eles ficarão de algum modo mais protegidos", explicou.
Com a confirmação do alcance a 35 suspeitos de liderar facções, sendo dez deles integrantes do baralho do crime da SSP, a delegada reforçou que a polícia baiana irá fechar o cerco contra os criminosos em qualquer canto do país.
"É bom deixar esse recado muito claro. Como a gente demonstra que nesse primeiro trimestre, a gente conseguiu fazer a prisão de indivíduos em cinco outros estados, que nós iremos chegar onde eles estiverem. Então, não é o fato de não estarem territorialmente aqui que vai fazer com que eles fiquem protegidos do alcance da lei", finalizou.
Na coletiva desta terça, participaram o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, o comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, a delegada-geral da PC, Heloísa Brito, e a diretora-geral do DPT, perita criminal Ana Cecília Bandeira.
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