BAHIA
Famoso hotel em Itacimirim é ocupado por invasores
Fronteira Tropical Resort fechou as portas em 2010
Por Redação
O cenário paradisíaco e cheio de vida do Fronteira Tropical Resort, localizado em Itacimirim, Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, deu lugar a um espaço de conflitos e invasões. Primeiro hotel cinco estrelas do litoral-norte baiano, o local hoje é palco de invasão por diversos grupos.
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O Fronteira Tropical fechou as portas em 2010, após uma batalha judicial iniciada com uma dívida inicial de R$ 44 mil. O grupo credor do hotel, MAC Engenharia, recorreu a uma adjudicação, ficando com o lugar, que ficou desocupado por anos. Em 2019, entretanto, começaram as primeiras invasões.
A ocupação, que iniciou de maneira tímida, começou a ganhar outras proporções a partir de 2022, quando grupos supostamente ligados ao Movimento do Trabalhador Sem Teto (MTST) migraram para o hotel abandonado.
As cercas de proteção foram derrubadas, barracas foram levantadas, e acampamentos começaram a ser fundados no terreno. Até casas de madeira foram feitas, utilizando materiais da própria estrutura. O Fronteira Tropical, antes acessível, passou a ficar restrito. Segundo apuração do Portal A TARDE, Jhones Bastos, conhecida figura em ocupações sociais, está no comando das invasões, mas com um outro mentor: um conhecido empresário, proprietário de um hotel no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.
Uma fonte que preferiu anonimato afirmou que as invasões contam com milícias, policiais reformados e até mesmo políticos.
"É uma turma bem perigosa. Tem milícia envolvida [...] Deputado envolvido, policial reformado. Tem gente que é dono de hotel no Pelourinho [...] O clima é o pior possível", destacou a fonte, que completou.
Uma outra fonte consultada pelo Portal A TARDE apontou que existem interessados pela compra do espaço, mas que o quadro atual impede o avanço das negociações. Empresários da região também falam sobre o impacto que a invasão tem causado ao setor turístico, afastando a chegada de outros hotéis e resorts.
"Eles não permitem que entre no hotel, eles atendem na porta. Antes eles permitiam [...] Você pode estar falando de R$ 51 milhões, só o terreno. O PDDU novo fala que ali é uma zona estritamente turística, inclusive aumenta o potencial construtivo para incentivar a chegada de hotéis de luxo, mas essa turma se mantém lá, e é inegociável", apontou outra pessoa também sob condição de anonimato.
O Portal A TARDE teve acesso aos documentos do processo, com as fotos do atual estado do hotel. Veja as imagens a seguir:
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