MORTA NA RMS
Mãe Bernadete: suspeitos do assassinato vão a júri popular
Arielson da Conceição Santos, Marílio dos Santos e Sérgio Ferreira de Jesus serão julgados por homicídio qualificado
Por Da Redação
Três homens acusados pelo Ministério Público pelo assassinato da líder quilombola conhecida como Mãe Bernadete, vão a julgamento popular. A decisão foi tomada, nesta segunda-feira, pela 1ª Vara Crime de Simões Filho, acatando pedido do MP.
Arielson da Conceição Santos, Marílio dos Santos e Sérgio Ferreira de Jesus serão julgados por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, de modo cruel, sem possibilitar a defesa da vítima e para assegurar a execução.
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Arielson também responderá por roubo. A Justiça manteve a prisão preventiva dos três, no entanto Marílio dos Santos segue foragido, mas por ter advogado constituído o caso seguiu para julgamento.
De acordo com o MP, a sentença judicial destaca que, em “dezenas de oitivas de familiares e moradores da localidade Quilombo Pitanga dos Palmares”, foi “unânime o relato de que a vítima, fundadora e importante liderança da comunidade, era figura reconhecida pela luta referente ao assentamento, reconhecimento do quilombo e pelo combate à exploração ilegal de madeira e à prática de tráfico de drogas”.
As investigações apontam que os réus integram organização criminosa, cujo líder seria Marílio, conhecido como "Maquinista", também integrante de outra facção com atuação em Salvador e Região Metropolitana.
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Segundo o Ministério Público, as apurações chegaram a conclusão de que Mãe Bernadete foi executada porque se posicionou de maneira firme contra a expansão do tráfico de drogas na região e contra, especificamente, a construção da barraca ‘Point Pitanga City’, na barragem de Pitanga dos Palmares.
Ainda de acordo com o MP, além de funcionar como ponto de venda de drogas de Marílio e Ydney, a barraca foi construída de forma ilegal, uma vez que o local é área de preservação ambiental.
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Marílio dos Santos, Ydney Carlos dos Santos de Jesus e Josevan Dionisio dos Santos foram incluídos, em abril, no Baralho do Crime, catálogo que reúne informações dos foragidos mais perigosos da Bahia.
De acordo com a SSP, os procurados atuam em Simões Filho e São Sebastião do Passé, também na RMS.
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